Amor ou Dor? Devo persistir? romance Capítulo 127

Leandro e Catarina quase perderam o equilíbrio.

Vitorino já tinha subido as escadas, enquanto Juliana se aproximava educadamente e fazia um gesto de convite.

"A nossa senhora não tem estado bem de saúde ultimamente, e o humor do senhor também está abalado. Creio que seria melhor se vocês voltassem em outro dia."

O casal Sampaio, sem outra escolha, teve de partir.

Vitorino retornou ao quarto para ver Ariela, que ainda dormia profundamente.

Ele a chamou suavemente várias vezes, até que Ariela finalmente murmurou e esticou um braço, esfregando os olhos delicadamente com o dorso da mão.

Ela acordou.

No momento em que a chamou, Vitorino percebeu que um medo súbito se apoderou dele.

E se ela nunca mais acordasse?

Ele acariciou seu rosto, e sua mão deslizou naturalmente para baixo.

Ariela deu um suspiro leve quando ele tocou um ponto sensível, e seu rosto ficou assustadoramente quente.

A luz do sol ao entardecer penetrava pela janela de vidro.

Um tom suave de vermelho iluminava o lado do rosto de Vitorino, dando-lhe uma aparência extremamente gentil.

Ele se atreveu apenas a provar delicadamente, sem ousar fazer mais.

Ela ainda estava no período de resguardo pós-parto, e qualquer intimidade poderia deixar marcas indeléveis em seu corpo.

Ariela era uma mulher normal e reagiu aos carinhos dele.

Vitorino parou a tempo, deixando-a confusa.

Ariela procurava em sua memória. Lembrava-se da noite anterior no banheiro.

Quanto ao resto, parecia que não conseguia lembrar.

O que aconteceu entre eles deveria ser algo bonito.

Ele respirou fundo e enterrou a cabeça em seus cabelos, lutando para se controlar.

"Se não se lembrar, tente dormir mais um pouco."

Vitorino levantou-se e foi para o banheiro.

Ariela ouviu o som do chuveiro.

Cerca de quinze minutos depois, Vitorino saiu, exibindo uma expressão vagamente cansada.

"…"

De repente, o coração de Ariela apertou.

Quando Ariela estava prestes a pegá-lo, Vitorino rapidamente levantou o cachorro pelo pescoço.

"Vamos descer para jantar primeiro, depois você pode jogar com ele."

Essa cadela sempre tentava se aninhar em seu colo.

Se fosse macho, ele teria que mantê-lo preso para não sair.

Os dois desceram para jantar.

Vitorino entregou a ela um cartão de crédito preto.

"O limite dele está vinculado ao meu cartão principal, você pode usar como quiser daqui para frente."

Ariela o aceitou naturalmente, sem hesitação, colocando-o em sua bolsa.

Vitorino ficou surpreso por um momento, mas então se sentiu genuinamente feliz.

"Senhor Machado, a Senhorita Duarte ligou, dizendo que é algo importante —"

Corina entrou no restaurante diretamente do exterior, caminhando sobre seus saltos altos.

Vitorino largou os talheres abruptamente, com uma voz clara e nítida.

Todos se assustaram com o barulho.

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