Leandro e Catarina quase perderam o equilíbrio.
Vitorino já tinha subido as escadas, enquanto Juliana se aproximava educadamente e fazia um gesto de convite.
"A nossa senhora não tem estado bem de saúde ultimamente, e o humor do senhor também está abalado. Creio que seria melhor se vocês voltassem em outro dia."
O casal Sampaio, sem outra escolha, teve de partir.
Vitorino retornou ao quarto para ver Ariela, que ainda dormia profundamente.
Ele a chamou suavemente várias vezes, até que Ariela finalmente murmurou e esticou um braço, esfregando os olhos delicadamente com o dorso da mão.
Ela acordou.
No momento em que a chamou, Vitorino percebeu que um medo súbito se apoderou dele.
E se ela nunca mais acordasse?
Ele acariciou seu rosto, e sua mão deslizou naturalmente para baixo.
Ariela deu um suspiro leve quando ele tocou um ponto sensível, e seu rosto ficou assustadoramente quente.
A luz do sol ao entardecer penetrava pela janela de vidro.
Um tom suave de vermelho iluminava o lado do rosto de Vitorino, dando-lhe uma aparência extremamente gentil.
Ele se atreveu apenas a provar delicadamente, sem ousar fazer mais.
Ela ainda estava no período de resguardo pós-parto, e qualquer intimidade poderia deixar marcas indeléveis em seu corpo.
Ariela era uma mulher normal e reagiu aos carinhos dele.
Vitorino parou a tempo, deixando-a confusa.
Ariela procurava em sua memória. Lembrava-se da noite anterior no banheiro.
Quanto ao resto, parecia que não conseguia lembrar.
O que aconteceu entre eles deveria ser algo bonito.
Ele respirou fundo e enterrou a cabeça em seus cabelos, lutando para se controlar.
"Se não se lembrar, tente dormir mais um pouco."
Vitorino levantou-se e foi para o banheiro.
Ariela ouviu o som do chuveiro.
Cerca de quinze minutos depois, Vitorino saiu, exibindo uma expressão vagamente cansada.
"…"
De repente, o coração de Ariela apertou.
Quando Ariela estava prestes a pegá-lo, Vitorino rapidamente levantou o cachorro pelo pescoço.
"Vamos descer para jantar primeiro, depois você pode jogar com ele."
Essa cadela sempre tentava se aninhar em seu colo.
Se fosse macho, ele teria que mantê-lo preso para não sair.
Os dois desceram para jantar.
Vitorino entregou a ela um cartão de crédito preto.
"O limite dele está vinculado ao meu cartão principal, você pode usar como quiser daqui para frente."
Ariela o aceitou naturalmente, sem hesitação, colocando-o em sua bolsa.
Vitorino ficou surpreso por um momento, mas então se sentiu genuinamente feliz.
"Senhor Machado, a Senhorita Duarte ligou, dizendo que é algo importante —"
Corina entrou no restaurante diretamente do exterior, caminhando sobre seus saltos altos.
Vitorino largou os talheres abruptamente, com uma voz clara e nítida.
Todos se assustaram com o barulho.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...