Amor ou Dor? Devo persistir? romance Capítulo 123

Vitorino estendeu os braços e a envolveu.

"Venha comer."

Ele viu a inquietação nos olhos de Ariela.

Antes, ele nunca tinha prestado atenção em suas reações.

Ariela ainda estava descalça, então Vitorino simplesmente a acomodou em seu colo.

Juliana, ao trazer a comida, ficou um pouco surpresa ao ver o senhor e a senhora tão apaixonados.

Ariela ainda se sentia desconfortável.

"Sr. Gabriel virá logo mais."

Ele gentilmente limpou um resíduo que estava no canto dos lábios dela e, aproveitando o momento de distração de Ariela, deu-lhe outro beijo.

Essa expressão bobinha e adorável era irresistível.

"Sr. Gabriel?"

"Sim, você não queria se tornar a discípula dele? Eu falei com ele, e ele concordou. E mais, não será necessário participar de nenhum concurso de pintura."

Nos olhos de Ariela, havia uma alegria indisfarçável.

Ela ignorou o olhar dos empregados, abraçou o pescoço dele e sussurrou em seu ouvido.

"Querido, você é tão bom para mim."

Juliana ouviu e pensou ter ouvido errado ao colocar os pratos.

"Ah. E como você pretende me agradecer?"

Sua mão repousou sobre a longa perna dela, subindo suavemente pelas curvas.

Juliana viu isso e virou-se para sair.

A mão de Ariela cobriu a dele.

Seu rosto estava corado, e ela lutava para não fazer nenhum som.

Essa iniciativa era uma novidade.

Vitorino estava visivelmente distraído.

Até que o relógio na parede fez um som, fazendo-os voltar à realidade.

Havia uma mancha vermelho-escura sob a saia dela.

Vitorino franziu a testa, percebendo de imediato o que tinha acontecido, e recolheu a mão.

O rosto de Ariela ficou ainda mais vermelho.

Meu Deus, estavam no restaurante, e os empregados ainda estavam do lado de fora.

Que ferramenta se veria como um tesouro amado?

Quanto mais era necessária, mais se sentia humilhada.

Ariela deixou que ele a levasse para o andar de cima, mas apesar do desejo evidente dele, no final, ela só foi permitida satisfazê-lo com boca.

Ela não entendia.

"Você não está se sentindo bem, teve febre e ficou hospitalizada recentemente, precisa de cuidados especiais."

Para evitar que ela pensasse demais, ele até a confortou deliberadamente.

"Não fique andando descalça por aí, nem saia no vento. Fique na cama, e não se mova desnecessariamente dentro do quarto."

Ariela havia sofrido um aborto.

Na noite anterior, durante o banho, ele não se conteve, mas só ousou explorar superficialmente, satisfeito em saber que ela estava bem.

Felizmente, Ariela nunca soube o que realmente aconteceu.

A memória da perda de um bebê era dolorosa, ele achava que ela não precisava saber.

Agora, tudo o que ela precisava saber era que era a Sra. Machado, a mulher mais amada por Vitorino.

O resto não importava.

"Ah. Estive apenas resfriada e com febre, não precisa exagerar."

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