Vitorino segurou a mão suave dela, deslizando-a para dentro das calças dele após abrir o zíper.
"Ariela—"
Ele sussurrou o nome dela junto ao seu ouvido.
"Não pense em usar a morte para fugir de mim, é melhor você acordar logo—"
Enquanto se satisfazia, falava em seu ouvido palavras íntimas que só os dois compartilhavam.
Se Ariela estivesse consciente, provavelmente diria que ele estava sendo vulgar.
Ele não se importava, apenas valorizava o prazer que o corpo dela lhe proporcionava. A dor em seu coração tinha sido causada por ela, e agora que ela queria partir, ele não podia aceitar.
"Assim que seu irmão for processado, ele enfrentará pelo menos dez anos de prisão. Sem mim, o futuro dele estará arruinado. A condição de saúde do seu pai também não é nada promissora."
Os olhos já profundos de Vitorino ficaram ainda mais loucos com o desejo, intensificando seus movimentos enquanto as veias de seu pescoço se tornavam visíveis e ameaçadoras.
"Ariela, eles também esconderam de você um segredo enorme. Você não quer saber o que é? Você realmente quer morrer?"
Ele contemplava o belo e sereno rosto dela adormecido, lembrando-se de como ela se deleitava sob ele.
Com um grunhido abafado vindo de sua garganta, ele retirou a mão dela das calças dele. Havia algumas manchas semelhantes a jade nela.
Seus desejos foram satisfeitos, mas seu coração se esvaziou.
Vitorino limpou a si mesmo e a ela, então ficou ao lado da janela fumando. A brisa noturna era fresca, dissipando rapidamente o fumo que ele exalava.
Ariela permanecia quieta, com o quarto ainda retendo um leve aroma de decadência. Vitorino abriu a janela pela metade, dispersando os últimos vestígios de ambiguidade.
Uma melancolia que só ele podia sentir brotou em seu coração.
Um indivíduo sem poder estava à mercê dos outros, tão frágil era a vida humana.
O destino de Ariela foi selado com tristeza no momento em que seus caminhos se entrelaçaram.
A luz da lua caía sobre sua figura larga, destacando sua solidão.
Depois de um longo tempo, Vitorino levantou a cabeça, voltando à sua expressão fria de sempre.
O celular tocou novamente, desta vez era Elodie.
"Vitorino, está quase amanhecendo e eu acordei de repente. Estou sozinha no hospital e com medo. Você pode vir ficar comigo?"
Nos últimos dias, Elodie estava nervosa. Ela soube de Corina que Ariela havia sido subitamente levada à emergência, correndo o risco de tornar-se vegetativa.
Corina disse que esta era uma oportunidade única, mas ela só queria saber de Vitorino o quanto ele estava ciente da situação.
Ele olhou para o rosto de Ariela, sem a menor emoção nos olhos.
"Eu compro algo para você comer, estou ocupado agora, vou para aí depois."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...