"Sra. Sampaio, parabéns, você está grávida".
Ariela Sampaio olhou para seu celular com a mensagem que seu médico particular havia enviado, e uma onda de alegria inundou seu coração.
Ela mordeu o lábio inferior, pensando consigo mesma que havia engravidado na primeira tentativa?
Através do vidro do banheiro, Vitorino Machado, sem um pingo de gordura extra no corpo, exibia uma silhueta definida que aparecia e desaparecia em meio ao vapor.
O som da água cessou bruscamente e Vitorino abriu a porta abruptamente, enrolado apenas em uma toalha na cintura.
"Quanto tempo você vai ficar assistindo?"
Ariela, com um olhar atordoado que rapidamente se recolheu, sentiu suas orelhas esquentarem.
Vitorino, com uma risada fria e um sorriso quase imperceptível de escárnio nos lábios, disse:
"Traga minha mala."
Ao pegar a mala, um papel familiar flutuou até o chão.
Estava escrito: Elodie Duarte, grávida de duas semanas.
A respiração de Ariela parou, e ela se sentiu como se o oxigênio lhe tivesse sido retirado, incrédula.
Duas semanas, quase na mesma época que ela.
Parecia que Elodie havia retornado naquele tempo também.
Depois disso, Vitorino começou a voltar para casa cada vez mais tarde.
Ela olhava fixamente para o teste de gravidez, absorta, enquanto o som de papel sendo mexido ecoava ao seu lado.
O teste acabou nas mãos de Vitorino.
"Você deveria pegar a mala, não agir como uma ladra".
Vitorino não deu nenhuma explicação, nem havia necessidade.
Afinal de contas, ela vivia às custas dele, se alimentava e se vestia por meio dele, que direito tinha de questioná-lo?
Na luz fraca do quarto, a figura atraente de Ariela quase se fundia com a iluminação, suas curvas delineadas sob o pijama de seda, de uma beleza de tirar o fôlego.
Os olhos normalmente límpidos de Vitorino tornaram-se imediatamente profundos e enigmáticos.
O rosto pálido de Ariela ficou vermelho como sangue.
Depois de um tempo, Ariela estava ajoelhada no chão frio, com os cabelos emaranhados.
Vitorino passou a mão pelos contornos de seu rosto, terminando em seus lábios, acariciando-os para frente e para trás.
Ela sempre o deixava querendo mais.
Ariela estava com as mãos tão cansadas que mal podia levantá-las, e sua boca estava ácida.
Estava cheio da opulência e do pós-amor ambíguo no quarto.
Vitorino estava deitado, não se movendo, enquanto Ariela, ajoelhada diante dele, sempre encarregada do trabalho que restava após.
"Abra a segunda gaveta à esquerda e veja."
Ariela, curiosa, caminhou até lá e a abriu suavemente, encontrando uma nova bolsa LV dentro.
Era uma edição limitada de platina, e o coração de Ariela se apertou.
Toda vez depois que terminavam, ele lhe dava um presente caro... mas isso não era o que ela queria.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...