Ele previu que perderia o controle com Aline, mas jamais imaginou que seria a esse ponto, como se nada mais no mundo importasse além dela.
Como se, ao não segurá-la firme, ela fosse desaparecer.
Esse medo intenso e distorcido de perdê-la era algo que ele nunca tinha experimentado. Todos os anos de estudos em gestão emocional e o forte autocontrole que desenvolveu pareciam inúteis agora.
Tudo o que ele queria era tê-la.
Possuí-la.
Aline quase não conseguia respirar com a força com que ele a apertava.
"Vinicius, estamos juntos há menos de dois meses, não acha que está sendo muito sufocante? Eu preferia quando você era mais reservado e distante, assim..."
"Você não gosta, querida?"
A voz de Vinicius estava incrivelmente baixa, carregada de uma dor palpável.
Ela parecia a versão dela mesma em uma vida passada, pequena e humilde.
Aline sentiu um aperto doloroso no coração: "Não é isso, é só que você está a ser um pouco intenso demais."
"Ah."
Ele murmurou a palavra contra o colo dela, os seus lábios frios tocavam propositalmente a pele dela, claramente tentando seduzi-la.
Aline foi levantada do banco de madeira, seus braços e pernas instintivamente rodeando Vinicius, "Vinicius?"
"Que tal irmos para a minha casa? Posso compensar o trabalho que você deixou de fazer amanhã?"
"Não, é muito longe."
"Eu mudei de lugar."
"?"
Ela ficou surpreendida: "Não tínhamos combinado em não comprar uma casa perto da Universidade Médica de Salvador?"
"Eu não comprei."
Houve uma pausa, e a sombra nos seus olhos se intensificou: "Comprei um apartamento no prédio dos professores."
Dentro da própria Universidade Médica de Salvador.
Aline: "............"
"Claro que não. Meu avô me mataria."
"Eu posso falar com ele."
"Ah, não! Isso não é uma brincadeira. Meu avô pode ser realmente assustador quando fica irritado."
"Você está preocupada com o quê?"
Vinicius pegou na sua mão delicadamente: "Eu vou respeitar os limites, não farei nada inapropriado. Seu avô vai entender."
Aline o encarou seriamente: "Morar juntos já é inapropriado, sabe?"
Ele apertou o seu dedo anelar: "Que tal isso, então? Você mora sozinha por enquanto, e quando for a hora certa, moramos juntos?"
Aline balançou a cabeça: "Não."
Ela recusou categoricamente, notando a sua expressão sombria, ela explicou: "Eu estou bem no dormitório. É conveniente para ir às aulas com as minhas colegas de quarto, e às vezes precisamos de discutir sobre as aulas e trabalhos em grupo."
"Entendi. Então eu moro lá por enquanto, e quando for a hora certa, você se muda para morar comigo?"
Vinicius fixou seu olhar nela: "Que tal irmos agora só para conhecer o lugar? Já foi comprado e mobiliado, não posso simplesmente devolver."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Acontece Que Ele Sempre Me Amou
A historia esta muito boa...
Esperando atualização a partir do capítulo 220. A história é muito boa....