Acontece Que Ele Sempre Me Amou romance Capítulo 140

Ele previu que perderia o controle com Aline, mas jamais imaginou que seria a esse ponto, como se nada mais no mundo importasse além dela.

Como se, ao não segurá-la firme, ela fosse desaparecer.

Esse medo intenso e distorcido de perdê-la era algo que ele nunca tinha experimentado. Todos os anos de estudos em gestão emocional e o forte autocontrole que desenvolveu pareciam inúteis agora.

Tudo o que ele queria era tê-la.

Possuí-la.

Aline quase não conseguia respirar com a força com que ele a apertava.

"Vinicius, estamos juntos há menos de dois meses, não acha que está sendo muito sufocante? Eu preferia quando você era mais reservado e distante, assim..."

"Você não gosta, querida?"

A voz de Vinicius estava incrivelmente baixa, carregada de uma dor palpável.

Ela parecia a versão dela mesma em uma vida passada, pequena e humilde.

Aline sentiu um aperto doloroso no coração: "Não é isso, é só que você está a ser um pouco intenso demais."

"Ah."

Ele murmurou a palavra contra o colo dela, os seus lábios frios tocavam propositalmente a pele dela, claramente tentando seduzi-la.

Aline foi levantada do banco de madeira, seus braços e pernas instintivamente rodeando Vinicius, "Vinicius?"

"Que tal irmos para a minha casa? Posso compensar o trabalho que você deixou de fazer amanhã?"

"Não, é muito longe."

"Eu mudei de lugar."

"?"

Ela ficou surpreendida: "Não tínhamos combinado em não comprar uma casa perto da Universidade Médica de Salvador?"

"Eu não comprei."

Houve uma pausa, e a sombra nos seus olhos se intensificou: "Comprei um apartamento no prédio dos professores."

Dentro da própria Universidade Médica de Salvador.

Aline: "............"

"Claro que não. Meu avô me mataria."

"Eu posso falar com ele."

"Ah, não! Isso não é uma brincadeira. Meu avô pode ser realmente assustador quando fica irritado."

"Você está preocupada com o quê?"

Vinicius pegou na sua mão delicadamente: "Eu vou respeitar os limites, não farei nada inapropriado. Seu avô vai entender."

Aline o encarou seriamente: "Morar juntos já é inapropriado, sabe?"

Ele apertou o seu dedo anelar: "Que tal isso, então? Você mora sozinha por enquanto, e quando for a hora certa, moramos juntos?"

Aline balançou a cabeça: "Não."

Ela recusou categoricamente, notando a sua expressão sombria, ela explicou: "Eu estou bem no dormitório. É conveniente para ir às aulas com as minhas colegas de quarto, e às vezes precisamos de discutir sobre as aulas e trabalhos em grupo."

"Entendi. Então eu moro lá por enquanto, e quando for a hora certa, você se muda para morar comigo?"

Vinicius fixou seu olhar nela: "Que tal irmos agora só para conhecer o lugar? Já foi comprado e mobiliado, não posso simplesmente devolver."

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