Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 633

Por que Ricardo havia ido para Paris naquele momento?

Procurar por Sylvia era uma das razões, mas ele também não se conformava, não queria aceitar que Sylvia fosse se casar com Jeferson.

Além disso, fugir de toda a confusão em Cidade Orozco era outro motivo.

A Família Borges estava um caos.

Seu pai, Gustavo Borges, agora dedicava toda a atenção a Tiago.

Até mesmo à mãe, que estava no hospital, ele mal ia visitar.

A aparição repentina daquela pessoa havia destruído toda a tranquilidade da Família Borges em uma única noite.

"Então essa é a sua vingança contra mim?"

Ricardo falou com dificuldade, a voz repleta de repressão.

Sylvia respondeu: "Desculpe, mas não tenho tempo para isso. Você chegou a esse ponto porque, quando ainda não tinha capacidade de controlar nada, só sabia brincar de amar."

Ricardo: "!!!"

Sylvia continuou: "Sabe por que você é tão frágil? Porque se acha demais."

O que era ferir alguém no mais profundo do coração?

Era isso...

No passado, em Cidade Orozco, quem era Ricardo? Era admirado por todos, todos diziam que o Grupo Borges havia alcançado um novo patamar sob o comando dele.

Sim, em Cidade Orozco, naquele mundinho limitado, sim!

Mas e em um lugar maior, quem era Ricardo? Assim que saiu de Cidade Orozco, o que restou dele?

Ouvindo as palavras de Sylvia, afiadas como agulhas, Ricardo se sentiu ainda mais sufocado: "Você precisa mesmo me humilhar assim agora?"

"Humilhar? Hã, você acha que isso é humilhação?"

Olhe só, que tipo de coisas Ricardo estava ouvindo? Que tipo de compreensão era essa?!

Sylvia soltou um riso irônico e prosseguiu: "Se ao menos, nos últimos anos, você tivesse dedicado metade da atenção que deu à Kesia para o Grupo Borges, hoje não teria sido substituído por Tiago tão facilmente quanto um cachorro."

Ricardo: "……"

A palavra ‘cachorro’ bateu forte em sua cabeça.

A mente de Ricardo fez um ‘bum’, como se tivesse sido atingido por algo, e, naquele instante, todo o seu mundo ficou vazio.

"Você está dizendo que eu sou um cachorro?"

Aquela mulher, em Cidade Orozco, sentia-se sempre injustiçada, então sua língua afiada até era compreensível.

Mas agora, de volta a Paris, por que continuava com esse tom?

Sentada na cama, Sylvia pegou o copo d’água ao lado, tomou um gole e sorriu ainda mais ironicamente: "Estou dizendo que você não chega nem a ser um cachorro."

Ricardo: "……"

Qualquer número de Cidade Orozco seria automaticamente bloqueado; queria ver como aquele povo faria para encontrar Sylvia depois disso.

Sylvia: "Não adianta, hoje Gilberto e Ricardo me ligaram de números de Paris."

"Os Menezes também estão te procurando? O que eles querem, afinal?"

Luana estava realmente incomodada.

Os Borges, tudo bem, afinal era só um ex-noivo descartável.

Mas se os Menezes começassem a insistir, aí já seria revoltante.

Sylvia: "Querem pedir desculpas."

E ainda assim, nem era com sinceridade.

Era aquele tipo de desculpa com segundas intenções, se não atendessem aos desejos deles, logo mostravam os dentes.

Esse sempre foi o verdadeiro rosto dos Menezes.

Luana: "Pedir desculpas? Eles só podem estar brincando, né? Foram eles que não quiseram você antes, agora adianta pedir desculpas?"

Não eram eles que insistiram em ficar com a filha adotiva?

Agora que perceberam que a filha adotiva não valia nada, voltaram correndo atrás da filha biológica?

Nem uma folha ao vento muda de lado tão rápido assim.

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