A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 549

Francisca Ferreira disse, "Preciso confirmar, e se algo se perder e me culparem?"

Marcos Rocha deu uma risada baixa, "Se algo se perder, venderei você para compensar."

Francisca Ferreira resmungou, "Então terei que limpar sua casa para compensar," e apressou-o, "Vamos logo, tenho que ir à empresa amanhã cedo, não posso ficar contigo até tarde."

"Entendi, pode entrar."

Francisca Ferreira desligou o telefone, digitou a senha e abriu a porta da casa.

Havia um leve aroma na entrada, com uma orquídea borboleta posicionada elegantemente, suas folhas verdes e flores brancas criavam uma atmosfera refrescante.

Enquanto trocava de sapatos, ela olhou inconscientemente para o armário de sapatos, que estava cheio de sapatos masculinos, exceto pelo par de chinelos femininos que ela estava trocando, que tinha um coelho rosa fofo desenhado.

Esses chinelos foram comprados por Marcos Rocha depois que Francisca Ferreira reclamou que os chinelos da casa dele eram muito grandes e não se ajustavam bem ao pé.

Inicialmente, ela havia criticado o gosto de Marcos Rocha, mas com o tempo, começou a achar agradável.

Pensar que era o único par de chinelos femininos na casa de alguma forma a fez sentir-se mais à vontade.

Ela passou pela entrada e espiou para dentro da casa.

A casa estava impecavelmente arrumada, com uma vela aromática acesa na mesa de centro e um vaso com duas rosas, uma vermelha e uma branca, sobre a mesa de jantar, demonstrando muito bom gosto.

Marcos Rocha realmente sabia como aproveitar a vida material.

Apesar de morar sozinho, sua casa estava sempre impecável.

No início, Francisca Ferreira pensou que ele devia ter uma empregada doméstica limpando todos os dias, mas depois de se familiarizar, descobriu que a empregada vinha apenas nas quartas e sábados, e nos outros dias era o próprio Marcos Rocha quem cuidava da limpeza.

Ele era perfeccionista e gostava de manter seu cantinho organizado. Quando ela revirava sua coleção de clássicos literários, ele seguia atrás, arrumando, mantendo o mesmo ângulo de inclinação para cada livro, uma peculiaridade interessante.

Ela apoiou uma almofada nas costas, sentou-se de pernas cruzadas no sofá e começou a jogar no celular.

Logo, a voz de Marcos Rocha veio do banheiro.

"Há bebidas na geladeira, pegue o que quiser, e me traga duas garrafas de cerveja."

Francisca Ferreira respondeu com um "Hmm" e, colocando o celular de lado, foi até a geladeira.

Dentro, havia uma abundância de bebidas alcoólicas, refrigerantes e água potável, com a única comida sendo um pacote de fatias de pão esquecido em um canto - impossível saber há quanto tempo estava lá.

Ela não vinha há pouco mais de uma semana e a geladeira dele já estava nesse estado, com um supermercado logo abaixo do prédio. Como ele conseguia viver assim?

Ela pegou as bebidas e a cerveja, fechou a porta da geladeira e, pensando melhor, contatou o proprietário do supermercado no térreo.

Pouco tempo depois, o funcionário da noite do supermercado chegou, carregando sacolas cheias de compras.

Marcos Rocha saiu do banho, passou uma toalha pelos cabelos e vestiu um roupão antes de aparecer.

Não havia ninguém no sofá, apenas o travesseiro de panda que Francisca Ferreira frequentemente abraçava e uma manta estavam amontoados lá.

Enquanto se perguntava onde ela poderia estar, ouviu barulhos vindos da cozinha.

Marcos Rocha, enquanto secava o cabelo, caminhou em direção à cozinha.

Lá, uma figura pequena estava ocupada enchendo a geladeira de comida.

Marcos Rocha, olhando para ela com aqueles olhos grandes e irritados, sentia-se extremamente feliz.

Ele cruzou os braços e se encostou à porta da geladeira, sorrindo levemente, “Pequena bandida, percebi que você, apesar de não ter muito charme feminino, é bastante dedicada. Sabe cozinhar, arrumar a casa e ainda me acompanha nos jogos. Realmente é a parceira ideal.”

Francisca Ferreira, ao ouvir "sem charme feminino", franziu a testa.

“Você, com essa cara de bom moço, por que tem a boca tão solta?”

Dizendo isso, ela pegou uma sacola do supermercado do chão, esbarrou nele e saiu da cozinha.

Marcos Rocha, esfregando o lugar onde fora esbarrado, riu baixinho e foi atrás dela.

“Eu disse tanto e você só se lembra disso? Eu te elogiei tanto.”

Francisca Ferreira resmungou, “Eu realmente não acho que ser 'a parceira ideal' seja um elogio. O que você quer dizer, que além de cozinhar, eu não tenho nenhuma outra habilidade? Você ficaria feliz se eu dissesse isso sobre você?”

Marcos Rocha sentou-se ao lado dela, “Você está interpretando demais as minhas palavras. Eu realmente estou te elogiando. Uma garota dedicada como você não é o ideal de uma esposa para um homem?”

Francisca Ferreira lançou-lhe um olhar, “Isso soa mais como o ideal de uma babá para você, não é? Capaz de trabalhar e também de dormir com você e ter filhos?”

Marcos Rocha...

“Não se pode generalizar assim, certo? Eu gosto de mulheres dedicadas, mas isso não significa que ela não possa ter a sua própria carreira. Ela pode gostar de cozinhar, mas não é obrigada a cozinhar. Se ninguém cozinhar, eu não cheguei até aqui do mesmo jeito? O importante é gostar da atmosfera familiar quando cozinhamos e comemos juntos.”

Francisca Ferreira, um pouco surpresa, finalmente disse, “Eu sempre pensei que você gostasse daquelas garotas de boate, com mais corpo do que cérebro.”

Marcos Rocha...

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