Entrando no carro, Kaela tirou os sapatos molhados pela chuva, pisando descalça no tapete do veículo.
O terno largo envolvia seu corpo esguio, enquanto ela se encolhia no assento, Gilberto pegou um cobertor de cashmere que tinha no carro e começou a secar seu cabelo úmido.
A suavidade do cashmere absorvia a umidade, deixando seus longos cabelos um pouco desarrumados pela fricção. Gilberto, claramente não acostumado a fazer aquilo, manuseava com certa inabilidade, mas era gentil em seu toque.
Kaela olhou para ele, seus olhos claros brilhando sob os fios úmidos e desordenados.
O ar dentro do carro parecia carregar a umidade entre eles, flutuando lentamente.
"Você tinha um compromisso?" Kaela perguntou, "Não tem problema sair mais cedo?"
"Não tem problema", Gilberto respondeu casualmente, sem mencionar que o compromisso de hoje envolvia um projeto importante em Horizonte, com a presença de parceiros de negócios e até oficiais de órgãos reguladores financeiros.
Kaela não sabia se realmente não era um problema, mas nenhuma mulher desgosta de se sentir prioritária.
O vestido dela estava encharcado, grudando desconfortavelmente no corpo, uma sensação úmida que ela detestava, com a barra suja. Ela mal podia suportar.
Ela se encolheu dentro do terno de Gilberto, usando o excesso de tecido para se cobrir, e abriu o zíper.
Gilberto apenas viu movimentos sob o terno, sem saber o que ela fazia, até que um monte de tecido molhado foi jogado para o lado, o vestido que ela havia tirado.
Kaela deslizou seus braços pelas mangas do terno, usando-o como um vestido, e amarrou a faixa do vestido em sua cintura.
O terno era grande o suficiente para servir como um vestido de terno para ela.
Percebendo o olhar ao seu lado, ela virou-se, encontrando o olhar profundo de Gilberto.
"Olhando o quê?" ela disse, escondendo seu desconforto com indignação, "O vestido estava molhado, não era confortável."
"Hm."
A voz grave de Gilberto não revelava emoção, enquanto desviava o olhar, colocando o cobertor de cashmere de lado.
Chegando ao apartamento, o carro entrou na garagem subterrânea, parando na entrada do elevador.
Kaela saiu do carro, o comprimento do terno cobrindo até a metade de suas coxas, o contraste do terno masculino preto e suas pernas brancas e delicadas criava um impacto visual impressionante.
Ela seguiu Gilberto para o elevador, ficando ao seu lado, e no espaço fechado, nenhum dos dois falou.
O elevador chegou ao apartamento no último andar, Gilberto abriu a porta, e ela entrou, com a porta se fechando atrás de si.
Voltando a si, ela viu Gilberto também olhando para ela.
Ele soltou a maçaneta da porta, aproximando-se no escuro, seus olhos se encontrando na penumbra. Sem acender as luzes, o hall de entrada parecia ainda mais estreito e sombrio.
A umidade do lado de fora havia sido trazida para dentro, aquecendo e fermentando na tranquilidade da noite.
Normalmente, era Kaela quem iniciava os beijos, enquanto Gilberto parecia tolerar as brincadeiras de uma criança, com a maturidade e serenidade de um adulto.
Mas hoje, foi ele quem se inclinou primeiro.
O quarto estava envolto em uma atmosfera encantadora, Kaela observou Gilberto pegar algo do armário.
Ter aquilo no quarto indicava que ele já havia trazido mulheres para lá antes.
Mesmo já sabendo disso, Kaela resmungou interiormente.
Era mais interessante do que ela imaginava, mas um pouco doloroso. Ela agarrou o braço de Gilberto, sussurrando: "É minha primeira vez…"
Essas palavras fizeram com que Gilberto hesitasse por um momento, pensando sobre as regras que ela havia estabelecido, sua atitude despretensiosa em relação ao assunto e a maneira madura como ela se comportava.
Parecia que ele ainda não a conhecia bem.
Finalmente, ele a envolveu em seus braços, com uma voz rouca, disse: "Eu também."
Kaela ficou surpresa por um momento: "Sério? Você, com essa idade, ainda é virgem?"
A dor foi substituída pela surpresa, e ela olhou para ele incrédula, duvidando: "Você tem algum segredo obscuro?"
Gilberto franziu a testa, irritado: "O que você acha?"
A essa altura, que diferença isso faria?
"Então, por que você tem condom em casa?" Kaela perguntou.
Gilberto havia preparado aquilo depois que ela voltou tarde para casa numa ocasião anterior, decidindo que cuidaria das necessidades dela por conta própria.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....