"É só uma analogia."
"Essa analogia você não pode fazer." - Gregório a puxou para perto, libertando seu lábio inferior, que ela mordiscava de ansiedade, dos dentes e começou a massageá-lo de forma reconfortante com a ponta dos dedos.
"Não me casei com você para que sacrificasse seus sonhos por mim. Deixe todos os seus problemas comigo, está bem? Você não precisa se preocupar com nada, apenas pense no que realmente quer fazer, no que deseja. Se houver algum obstáculo, eu encontrarei um caminho".
"Como você vai conseguir?"
"Por acaso, em suas opções, não há uma que inclua eu ir para os Estados Unidos com você?"
"E quanto à sua empresa, você vai deixá-la para trás?" - perguntou Ophélia: "Seu foco já voltou para o Brasil, indo comigo para os Estados Unidos, e o que dizer da Fortaleza Finanças S.A.? Você tirou férias por minha causa há muito tempo, Lisandro já deve estar cheio de cabelos brancos."
"Eu promovi ele a vice-presidente no início do ano, nenhum desses cabelos brancos foi em vão."
Gregório a envolveu em seus braços, um olhar terno brilhando em seus olhos castanhos: "A Fortaleza Finanças S.A. pode aprender a girar sem mim, mas sem vocês, eu não consigo."
"Ophélia, você pode ter mais confiança. Para mim, em qualquer balança, você sempre será o lado que não se move."
Ophélia suspirou, abraçando a cintura dele com força, apoiando todo o seu peso nele.
"Usei toda a minha sorte nesta vida para encontrar você?"
As duas primeiras décadas de infortúnios da vida dela haviam valido a pena para ele.
Essas palavras tocaram Gregório de uma forma amarga e suave, afastando o cabelo dela de sua orelha e beijando seus lábios macios.
Eles mal tinham se beijado quando, não muito longe, um som forçado de "Hmm~~!" - chamou a atenção deles, e ambos olharam na direção do som.
Vivi estava em seu berço, chutando energicamente.
Foi então que Ophélia se lembrou do que havia esquecido.
Gregório pegou a mamadeira que já havia preparado e foi até ela para alimentá-la.
A faminta Vivi agarrava a chupeta e sugava fervorosamente enquanto Gregório, segurando a mamadeira, brincava: "Tanta energia assim, depois do leite você vai levantar e fazer uma série de ginástica militar?"
Tarsila Fagundes brincou: "Então, que tal irmos hoje mesmo..."
Gregório, parado atrás de Ophélia, ouvindo a despedida sem sentido deles, interrompeu com sua voz calma: "Ainda tem espaço no bagageiro, vocês dois podem tentar se espremer lá".
Tarsila Fagundes: "..."
Quando aterrissaram em Boston, o carro que Gregório havia providenciado já estava esperando por eles no aeroporto. Meia hora depois, chegaram à casa isolada às margens do rio Charles, em Cambridge.
A mansão possuía um jardim privativo exuberante, e o interior da casa já havia sido remodelado de acordo com os hábitos de vida de Ophélia. Ao entrar, luzes de sensor de presença se acendiam, e preocupado que Vivi não se acostumasse com a nova cama, o berço foi trazido diretamente do Brasil.
Gregório organizou tudo perfeitamente, fazendo com que mãe e filha se sentissem em casa em terras estrangeiras, sem qualquer desconforto.
Seguindo uma rotina bem organizada, Ophélia iniciou sua jornada de doutorado, conciliando a maternidade com os estudos.
Enquanto ela se dedicava aos seus livros, Gregório mantinha uma vida de viajante frequente, alternando entre a Cidade Nascente e Boston.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....