Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 463

Gregório olhou para cima da tela do celular, lançando um olhar preguiçoso para os três: "Como é que eu não me lembro de ter tido tantas esposas?"

Ophélia quase engasgou.

"Somente sua esposa pode comer o que você cozinha?" - perguntou Nileson.

"E quem mais poderia ser?" - Gregório disse, com o ar de alguém que acredita que nada no mundo é maior do que sua esposa.

Nileson tentou apelar para a amizade de longa data, lembrando-se dos tempos em que seguiam Gregório por toda parte, ainda de fraldas, chamando-o de irmão: "Mano, é justo que você trate bem a sua esposa, mas e a nossa amizade de tantos anos, não vale um prato de feijoada?"

Gregório respondeu friamente: "Antes de dizer isso, me devolva os seiscentos milhões de reais que você investiu".

"..." - Nileson ficou calado: "Esqueça o que eu disse".

Tarsila Fagundes entrou na conversa, limpando a garganta: "E você nem me deu seiscentos milhões, você levou meu amigo. Se eu não concordar, esse casamento não vai acontecer".

Ela apontou para o rosto de Ophélia, que estava radiante e saudável: "Olha essa cara, não vale um prato de feijoada?"

"Vale." - Gregório disse, sem se importar muito: "Ela não está comendo?"

Tarsila Fagundes, sem palavras: ...Caramba.

Depois de serem derrotados, Clorinda Serrano pensou por um momento e decidiu desistir: "Deixa pra lá, se vocês não vão comer, eu também não vou."

Ophélia, vendo a cara deles, não conseguiu parar de rir.

Ela se virou para Gregório: "Amor."

Gregório então guardou o celular, levantou-se com elegância da cadeira e, ao passar por ela, deu-lhe um aperto carinhoso na bochecha: "Vou cozinhar. Coma tudo."

As palavras de Ophélia tiveram mais peso do que toda a conversa dos três, ferindo profundamente Nileson em um mundo onde ele percebia a injustiça de gênero: "Se eu soubesse, teria nascido mulher".

"Como se você pudesse escolher ser mulher, isso é com seu pai".

Tarsila Fagundes mostrou orgulhosamente a Ophélia um macacãozinho rosa com estampas delicadas que ela havia comprado: "Eu me apaixonei por esse macacão logo de cara, ele não é lindo?"

"Veja o chapéu que eu comprei" - Clorinda Serrano se juntou a ela: "É super macio, é só sentir!"

Elas estavam obcecadas em comprar todos os tipos de roupas de bebê, e Ophélia ainda estava a quatro meses de dar à luz. Elas já tinham acumulado mais de uma dúzia de mamadeiras, todas presentes de amigos.

Ophélia se aconchegou em seus braços, perguntando: "Por que você quer tanto uma filha?"

"Quero ver como você era quando era pequena, algo que eu nunca vi" - disse Gregório: "Você deve ter sido muito fofa."

Ela havia chegado à Família Pascoal aos doze anos de idade, ainda com um pouco de gordura de bebê, um rosto redondo e olhos grandes e brilhantes. Gregório já a achava encantadora naquela época.

"E se for um menino?" - Ophélia perguntou: "Você ficaria decepcionado?"

Gregório sorriu: "Claro que não. Menino ou menina, desde que seja nosso bebê, vou amar igual."

Sua pequena preferência por uma menina era apenas um reflexo do seu amor por Ophélia, pois ansiava por ter uma mini versão dela.

Um menino também seria bem-vindo.

"Mas se ele for muito parecido comigo..." - Gregório pensou em ter um pequeno diabinho como ele, e seu amor paterno desabou como um deslizamento de terra.

"Eu provavelmente sentiria vontade de dar uns beliscões nele."

Ophélia soltou uma risada: "Até que você sabe que merece, né?"

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa