Os homens são criaturas visuais, e várias duplas de olhos na mesa brilharam como lâmpadas ao dizerem: "Vania,, por que você não trouxe essa sua amiga linda mais cedo?"
"Qual é o nome da moça?"
"Serena."
Ophélia abaixou a cabeça quando os olhos de Serena encontraram os dela no mesmo instante.
Eram olhos cativantes.
Serena cumprimentou a todos docilmente: "Sr. Gregório. Sra. Ophélia".
Gregório não reagiu, mas Ophélia gentilmente acenou com a cabeça e disse: "Pegue uma cadeira, por favor".
Vania veio nos visitar como namorada de Mauro e, além de chegar atrasada, também trouxe uma amiga sem sequer cumprimentá-la, uma quebra de etiqueta.
Entretanto, para Ophélia, ter uma pessoa a mais ou a menos não fazia muita diferença; afinal, o importante era a presença de Mauro.
Ao lado, Tarsila Fagundes estava mastigando ruidosamente torresmo, batendo na perna: "Ah, esqueci de trazer o tio-avô do meu namorado também".
Clorinda Serrano perguntou: "E seu namorado, onde está?"
Tarsila Fagundes respondeu: "Ficou em casa cuidando do tio-avô dele."
As duas provocaram Vania, que ficou visivelmente constrangida.
Mauro veio para amenizar a situação, servindo bebida para ambas: "Aproveitem a comida, guerreiras."
Assim como o gato tricolor que Ophélia tinha adotado, não era de raça nobre, vindo das ruas, mas ninguém ousava expulsá-lo da mesa.
Tarsila Fagundes e Clorinda Serrano, da mesma forma, não podiam ser facilmente ofendidas agora.
A cadeira foi colocada ao lado de Vania, e Serena parecia ser muito tranquila e comportada, não buscando atenção e falando pouco, apenas respondendo quando os homens ao seu lado tentavam conversar.
A chegada não alterou a atmosfera alegre da festa.
Uma brisa fresca de verão encheu o pátio, enquanto um grupo satisfeito com a comida e a bebida se acomodava para uma conversa descontraída.
Alguém tirou um maço de cigarros, oferecendo a Nileson: "Quer um?"
Nileson aceitou, colocando um cigarro na boca, enquanto os outros ao redor também pegavam um para si. O que ofereceu o cigarro puxou um isqueiro, prestes a acender para Nileson.
Gregório bateu na mesa de café com os dedos.
"É proibido fumar aqui."
"A cunhada não vai deixar, não é?" - Nileson, muito compreensivo, levantou-se rapidamente: "Então vamos lá fora fumar".
Gregório estava preparando uma xícara de café, a água fervente a setenta graus escorria para a xícara de vidro transparente, fazendo com que os grãos de café absorvessem a água e flutuassem, suspensos entre o fundo e a superfície.
Ele nem sequer levantou a cabeça, apenas disse a Nileson: "Fique à vontade, mas estou indo embora".
Aqueles que tinham cigarros entre os lábios trocaram olhares confusos quando o isqueiro se apagou. Embora não tivesse sido aceso, o cigarro já estava começando a queimar suas bocas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....