A reação de Gregório foi totalmente diferente do que ela esperava.
Ele não concordou de imediato, seu olhar era profundo e indecifrável, Ophélia não conseguia saber qual era sua atitude.
A única coisa que ela conseguiu perceber foi que ele não tinha a alegria esperada em seu rosto.
"Por quê?" ele perguntou, "Não gosta lá, né?"
Ela passou dois anos e meio sozinha em Bosque dos Ipês, sofrendo com a depressão. Aquela casa, que deveria ser repleta de significados felizes, ao invés disso, trouxe-lhe memórias opressivas demais.
No dia mais triste e decepcionante, ela saiu de lá. Gregório não nunca a pressionou a voltar.
"As coisas do passado, boas ou ruins, são passado. O que importa agora e daqui para frente é que você me ama, isso é o suficiente." Nos últimos minutos, Ophélia já havia ponderado profundamente e tomado sua decisão.
A casa estava cheia de alérgenos dele, e o tratamento de desensibilização não era algo rápido, ficar em um hotel também não era uma solução a longo prazo.
Ser amado dava coragem, e aquela era a casa deles, não era o inferno de dezoito andares, ela não era tão covarde.
"Gregório, eu também te amo." ela disse suavemente, "E também me preocupo com você."
Gregório percebeu que, sem saber desde quando, seu coração parecia estar nas mãos dela.
A palma da mão dela era tão macia, mas o apertava de forma dolorosa e amarga. Olhando nos olhos claros e sérios de Ophélia, ele foi facilmente derrotado.
Ele se aproximou, segurou seu rosto e o esfregou em várias formas.
"O que você está fazendo?" Ophélia reclamou, puxando suas mãos.
Somente então Gregório soltou o pobrezinho do rosto dela, pressionando sua cabeça contra seu peito e esfregando a nuca dela: "Vamos nos mudar amanhã."
...
A mudança foi organizada por Gregório, desde as roupas e livros de Ophélia até os menores itens pessoais e o gato, ele não deixou que ela se preocupasse com nada.
O gato tricolor, em poucos meses, já tinha se tornado um pequeno proprietário, com mais posses e pertences do que Ophélia.
Ela saiu do carro confusa,e caminhou em direção a Gregório: "Por que viemos aqui?"
Gregório não respondeu, mas segurou seus ombros e a virou na direção da porta.
"Olhe para cima," ele disse.
Ophélia obedientemente levantou a cabeça, e viu que a antiga fachada de tijolos onde se lia "Torre Londrina" foi substituída por uma escrita classíca, banhada a ouro.
"Jardim Ophélia?" ela pensou e disse, "Por que você colocou meu nome lá em cima?"
Gregório sorriu gentilmente:"Por que, a partir de hoje, ela é sua."
Sob seu olhar surpreso, Gregório segurou sua mão sob o olhar surpreso dela, levando-a para dentro.
A noite caíra, e ao longo do caminho pavimentado estavam alinhadas luzes de jardim, enquanto as luzes de parede do pátio brilhavam suavemente em amarelo-laranja, iluminando toda a mansão, sem deixar nenhum canto na escuridão.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....