A camisa de Gregório estava aberta com três botões, adicionando um pouco conversável à sua aura já descolada. Ele passeava sem pressa, comprando os quitutes que ela desejava saborear.
Ao chegarem a um cruzamento, coincidindo com a liberação de uma escola primária local, viram os alunos mais novos, organizados por turma, esperando pelo sinal verde em fila.
As conversas deles era tão alta quanto a dos pardais.
Ao passar, Gregório puxou Ophélia, que estava segurando um sorvete, para ficar atrás da última menina. "Fique na fila", ele disse.
Um adulto se juntando à fila de crianças parecia uma cena ridícula.
Ophélia sabia que ele estava apenas brincando com ela. "Que chato."
"Isso é seguir as regras," Gregório explicou, com um ar sério. "Duvida? Pergunte às outras crianças se vocês devem ficar na fila para atravessar a rua."
Alguns dos pequenos se viraram e, com uma autoridade surpreendente para suas idades, repreenderam-na: “Você não pode furar a fila."
Ophélia tentou se defender. "Eu não estava tentando."
"Então por que você não está na fila?"
Ela não conseguiu debater a lógica infantil e, frustrada, admitiu: “...Estou na fila."
Quando o sinal se tornou, as crianças atravessaram a rua em alvoroço, e ela estava prestes a segui-las quando foi puxada de volta.
Gregório sorriu baixinho. "Não precisamos atravessar a rua."
Ophélia ficou intrigada, "Então por que você me fez entrar na fila?"
Isso também fez com que ela fosse educada por um grupo de crianças.
Gregório olhou para ela: “Desculpa, pensei que você fosse uma delas."
Mas ele claramente não parecia arrependido.
Caindo na armadilha dele novamente, Ophélia o encarou um pouco zangada. "Você me enganou de novo."
Com um movimento suave, Gregório levantou o queixo dela e depositou um beijo em seus lábios corados.
"Com quem?"
O sorvete em sua mão de repente ficou um pouco mais quente, Ophélia sentia a culpa crescer a cada mentira para Tarsila: “Com uma amiga da escola."
Gregório esboçou um sorriso.
Legal, agora ele também havia mudado de sexo.
Tarsila não insistiu muito e logo desligou.
A alguns metros dali, no banco de trás de um carro estacionado, Clorinda espiava a cena no cruzamento, depois olhou para Tarsila com uma expressão intrigada.
Ela coçou a cabeça: “Como a gente faz para a Ophélia descobrir que já sabemos do romance dela com ele?"
Tarsila agora se encontrava presa entre "esse desgraçado do Gregório que se afaste logo" e "como posso ter coragem de destruir o amor entre minha amiga e ele, que ela tanto ama". Essa situação difícil a estava levando a um estado mental um tanto quanto perturbado.
Ela segurava o celular, revelando um sorriso malicioso e astuto: “Você não acha divertido provocar um pouco eles? Ter um romance escondido, hum, vamos ver se eu não caçoarei com o Gregório!"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....