Ophélia sentiu as orelhas queimarem, mas dessa vez não retrucou. Seus olhos brilhantes fixaram-se nele: "Então, conseguiu pescar?"
Algo pareceu se mover no fundo dos olhos de Gregório.
"O que você acha? Eu praticamente caí na sua rede sozinha, viu como me esforcei?"
Sua voz continha uma mistura indefinível de emoções e, de repente, ele deu um passo à frente, pressionando-a contra a parede. Sem espaço para recuar, Ophélia se viu encurralada.
Gregório a dominou completamente com sua presença, segurando seu pulso com uma mão e, com a outra, apertando seu queixo, forçando-a a olhar para ele.
Seus cílios densos projetavam sombras, ocultando a escuridão em seus olhos.
"Quem te ensinou a pescar assim, hein?"
Apesar do barulho do salão e das pessoas que ocasionalmente passavam pelo corredor, lançando olhares curiosos, Gregório parecia indiferente. Sua alta estatura a protegia sob uma luz ambígua, bem próxima.
Ele estava prestes a beijá-la.
Ophélia, envolvida em seu pequeno espaço, sentia seu coração bater freneticamente, todos os sons bloqueados atrás dele.
"Posso dar um beijo?" - Gregório perguntou pacientemente.
"Meus colegas estão me esperando."
Ele então não prosseguiu com o beijo, levantando a mão: "Chame-os para se juntarem a nós".
Ophélia balançou a cabeça: "Eles têm assuntos a tratar comigo. Além disso, eles não o conhecem, seria desconfortável."
Gregório sentiu uma forte relutância, mas Ophélia conseguiu se colocar entre ele e a parede, dando um passo para fora. A mão que segurava seu pulso se apertou novamente.
De trás, Gregório a abraçou pela cintura, deixando um beijo no topo de sua cabeça: "Você está linda hoje. Estou feliz por te ver."
E então, soltou-a: "Tudo bem, pode voltar."
O garçom trouxe um bolo, e os alto-falantes do restaurante anunciaram Feliz Aniversário para o Sr. Pascoal.
Enquanto alguns distribuíam presentes e outros cortavam o bolo, Vânia também entregou seu presente.
Ela veio como namorada de Mauro e, ao que tudo indica, não precisava de um presente separado.
Mauro, ao lado dela, parecia um pouco desconfortável: "Por que você não me disse que tinha trazido um presente?"
Vania explicou: "Queria agradecer ao Sr. Gregório. Na última vez que investi, quase perdi tudo, mas graças a ele, consegui salvar meu patrimônio."
Nileson aceitou o presente sem hesitar.
"Ei, você..." - Antes que Vania pudesse reagir, Nileson já havia aberto o presente sem cerimônia.
"Olhe para você, muito generoso, não é? Esse relógio deve custar mais de cinquenta mil, certo?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....