A brisa da noite era perfumada, mesas brancas e luzes de velas laranjas iluminavam o bar ao ar livre, onde risadas e brindes se misturavam.
Ao passar pelo saguão, um homem de aparência notável chamou a atenção. Vestido elegantemente com uma camisa branca e calça preta, sua presença distinta e superior atraía olhares.
Gregório ignorou os olhares curiosos da multidão enquanto seguia o som de seu relógio, procurando por alguém.
Passando entre as mesas, sob a luz, rostos jovens e sorridentes, mas nenhum deles era o que ele estava procurando.
Ela estava fazendo isso de propósito, não estava? Tinha aparecido apenas para se esconder, para evitar que ele a encontrasse.
Em um lugar tão pequeno, onde mais ela poderia se esconder?
De repente, o som do relógio parou.
Isso significava que Ophélia estava a mais de cinco metros de distância dele.
Gregório, como um viajante perdido, parou no meio do restaurante agitado, olhando ao redor, procurando.
No momento seguinte, ele atravessou o corredor, contornou uma divisória e passou por um aquário com águas cristalinas e pedras no fundo, onde os peixes nadavam sob a luz.
Um garçom com laço borboleta se aproximou, perguntando: "Senhor, posso ajudar em algo?"
O som do relógio, agora mais alegre e melodioso, recomeçou, e ao mesmo tempo, Gregório avistou, perto da parede do banheiro, a pessoa que procurava.
Ophélia estava usando um suéter vermelho de ombros largos, revelando seus ombros luminosos e uma clavícula delicada que desenhava uma linha elegante até o pescoço.
O intenso vermelho papoula, contrastando com sua pele delicada, evocou uma lembrança nebulosa em Gregório.
Como no dia do casamento deles, quando ele viu pela primeira vez o charme sensual de uma mulher adulta nela.
"Não precisa, eu encontrei."
Gregório caminhou até ela, que estava de maquiagem suave, com sobrancelhas e olhos delicadamente desenhados, encostada na parede como uma caçadora esperando sua presa.
"Você não estava fisgando. Sou eu, o peixe, que corri atrás do seu anzol, ansioso para ser fisgado."
Ophélia já havia marcado com Selena, que cuidava dos dois filhos e trabalhava demais no hospital público, mal conseguindo sair no horário. Recentemente, um hospital oftalmológico privado mostrou interesse em contratá-la, e ela estava indecisa, esperando por uma opinião de Ophélia.
Ophélia não podia perder o compromisso, então mudou o local para este.
O som contínuo do relógio era como uma prova de que ela o estava fisgando, ecoando em seus ouvidos.
"O que você colocou aqui?"
"Um chip de proximidade. Sempre que você se aproxima, ele reage."
Gregório pressionou a coroa do relógio, e o som parou.
Ele sorriu de canto: "Mas quando eu o projetei, não imaginei que você usaria para me fisgar."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....