"Vou voltar para o hospital."
Era quase meia-noite quando o diretor, já em casa preparando-se para descansar, recebeu uma ligação urgente e apressou-se a voltar ao hospital, dirigindo-se diretamente ao departamento de segurança.
Sentados em frente aos monitores, havia alguns profissionais que claramente não pertenciam ao quadro de funcionários do hospital, observando as câmeras de segurança de forma metódica e organizada.
Atrás deles, um homem de feições duras e olhar frio permanecia encostado na parede, exibindo uma expressão indiferente.
O diretor sentia-se sobrecarregado.
"Já fui informado sobre o incidente da tarde. Felizmente, a Dra. Zamith não se feriu gravemente. Vou conceder-lhe alguns dias de folga para que possa recuperar."
Gregório permaneceu impassível: "Eu estou aqui para encontrar o responsável, não para solicitar férias para ela."
"Você suspeita que foi intencional?" interpelou o diretor, "Todos os dias tantas pessoas circulam pelo hospital, pequenos acidentes são inevitáveis. Não é a primeira vez que acontece algo do tipo."
"Além disso, a Dra. Zamith é tão amável. Nunca chegou de ofender a ninguém. Quem teria motivo para jogar água quente nela, de propósito? Com certeza foi um acidente."
Gregório esboçou um sorriso frio: "Não me importa se foi acidente ou não."
"Sou uma pessoa que não esquece facilmente, comigo é olho por olho. Se minha esposa foi ferida, vou garantir que o responsável pague na mesma moeda."
"Eu investi na atualização do sistema de segurança do seu hospital não para ser um enfeite. Se nem mesmo uma pessoa conseguem achar."
O olhar gelado de Gregório o interrompeu: "Então, que tal o senhor encontrar alguém para que sofra no lugar dele?"
O diretor sentia uma pontada aguda no coração.
Sabia que não podia se dar ao luxo de desagradar o Sr. Gregório, temendo que Solange, trabalhando na oftalmologia, tivesse desencadeado a ira de Ophélia, motivo pelo qual ela foi enviada em treinamento por três meses.
E agora, o problema voltou a os encontrar.
Quando ela foi ao quarto, Kristina não estava lá.
Kristina chegou ao hospital durante o horário de almoço, quando Estella já havia ido para casa, e Culberto estava tirando uma soneca.
Ao fechar a porta do quarto e se aproximar da cama, seu olhar caiu lentamente sobre os remédios dispostos em uma bandeja no armário.
Quando a porta do quarto se abriu de repente, a Kristina rapidamente recuou.
A pessoa que entrou era uma cuidadora, que a cumprimentou respeitosamente e em voz baixa como "Sra. Eça."
A cuidadora, com mais de trinta anos e bastante experiência, era eficiente e honesta, raramente falava mais do que o necessário. Mesmo quando o Culberto estava de mau humor e falava de forma áspera, ela nunca retrucava.
Sendo uma pessoa designada especialmente por Gregório para cuidar deles. Isso demonstrava a consideração que a Família Pascoal tinha por eles.
Enfim, durante esses dias, tanto Culberto quanto Estella estavam muito satisfeitos com seu trabalho.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....