A preocupação era falsa, mas lembrar que a garrafa de água de limão que ela havia bebido ontem havia sido preparada por ela, isso sim era verdade.
Do outro lado da linha, Kristina ficou em silêncio por um momento antes de rir ironicamente: "Ophélia, eu realmente subestimei você antes".
"Esse é o seu problema. Pessoas de mente pequena veem todo mundo como menor."
Kristina não mediu palavras: "E quanto a você? O que há de tão nobre em você? Você diz que vai se divorciar de Gregório, por que ainda tem esse relacionamento ambíguo? Achei que você tivesse mais dignidade. Ir ao cartório para pedir o divórcio é uma de suas táticas de sedução?"
Claramente era o Gregório que a perseguia, mas nas bocas dos outros, ela se tornava a culpada.
Ela estava deitada no sofá, sua voz nasal deveria soar suave e inofensiva, mas naquele momento era fria e distante.
"Com que direito você me questiona?"
Que direito?
Se eles tivessem se divorciado sem problemas, ela e Gregório já estariam noivos.
A família dela e a família Pascoal já haviam providenciado todos os detalhes do casamento, só estavam esperando Gregório e Ophélia resolverem a papelada. Mas, depois de tanta demora, eles acabaram não se separando.
Como Kristina poderia não odiar isso?
"Estou realmente curiosa, como você conseguiu trazer Gregório para perto de você? Ele voltou do exterior determinado a se divorciar de você."
"Ele é uma pessoa que não se importa com ninguém, e agora está completamente apaixonado por você. Ophélia, que truque você usou?"
Ophélia sentia uma dor de cabeça terrível e estava sem paciência para conversas inúteis: "Essa pergunta, melhor você fazer diretamente a ele."
Ela desligou o telefone imediatamente.
A sonolência que havia levado tanto tempo para chegar foi completamente dissipada, o vídeo continuou a ser reproduzido, mas Ophélia não conseguia mais dormir.
Gregório realmente sabia como dar presentes de outras pessoas, dando a ela a água aromática preparada por Kristina para beber.
Naquele momento, ouviu-se o som da fechadura sendo destrancada, e Ophélia olhou para trás.
Gregório entrou, vestido em seu traje formal, carregando uma sacola com ingredientes.
Ophélia estava atônita, tentando lembrar se tinha dito a senha para ele na noite anterior.
Vários pensamentos pulavam em sua cabeça, ora era sobre a água preparada por Kristina, ora era sobre o cheiro de Gregório da noite passada.
Gregório agiu como se estivesse em sua própria casa, trocando seus sapatos por chinelos masculinos, tirou o casaco e foi lavar as mãos, desinfetando-as.
Ophélia decidiu não usar a senha que havia pensado, digitando uma sequência de números aleatórios na tela.
Era tão aleatório que ela teve que anotar rapidamente em algum lugar para não esquecer depois.
Ao passar por Gregório, ela escreveu uma linha: "Tente adivinhar".
Como se ele pudesse adivinhar.
Gregório não viu os movimentos aleatórios de suas mãos.
Mas ele adorava a vivacidade e a esperteza dela.
Com um sorriso nos olhos, ele estalou a língua, com o tom de quem recebeu uma injustiça: "Por que tanta desconfiança? Se eu soubesse sua senha, não teria entrado aqui no meio da noite para lhe roubar um beijo. Dizer que sou um cavalheiro não é difícil, não é?"
"......"
Ophélia estava tão irritada que quase esqueceu sua dor de cabeça: "Realmente, é preciso não ter vergonha na cara para dizer algo assim."
Gregório deu uma risada: "É mesmo, minha querida aprendiz. Sempre tão afiada."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....