Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 277

Ophélia estava letárgica, sem forças em todo o corpo, incapaz sequer de abrir a boca para pedir que ele não se aproximasse tanto, alertando sobre o risco de contágio com uma voz fraca, quase como um gemido de dor.

Não se sabia se Gregório tinha ouvido ou não, mas ele a abraçou ainda mais forte, deslizando a mão lentamente pelas suas costas, sussurrando palavras de conforto e tranquilidade.

A fragilidade é uma constante quando se está doente. Ophélia não tinha certeza se era o conforto de Gregório que estava fazendo efeito, ou se o simples fato de ser abraçada realmente aliviava um pouco a dor.

Ela murmurou em uma voz baixa e confusa, ao que Gregório perguntou: "Onde está doendo?"

"Minha cabeça dói muito..." - respondeu Ophélia, tentando respirar.

Então os dedos de Gregório deslizaram pelos cabelos úmidos, massageando o couro cabeludo com movimentos suaves e precisos, demonstrando habilidade e a quantidade certa de pressão.

Aos poucos, Ophélia se acalmou um pouco e seu semblante tenso se suavizou.

O abraço seguro do homem era como um porto seguro sobre o mar, onde sua pequena embarcação, castigada pela tempestade, finalmente cessou a resistência e buscou refúgio.

Ao acordar na manhã seguinte, sua cabeça não doía tanto, mas ainda sentia um peso interno, e a febre persistia, com a garganta ainda mais inflamada do que no dia anterior.

Lembrando-se do abraço na madrugada, ela olhou para o outro lado da cama, encontrando-o vazio.

Ele tinha ido embora?

Ou seria apenas um sonho?

Naquele momento, a porta se abriu e Gregório entrou sob seu olhar firme, inclinando-se para perguntar: "Vamos comer?".

Essa cena a fez sentir como se estivessem de volta àquela doce e ensolarada vila de Janela Montanha.

Ela observou os olhos de Gregório, tão próximos, percebendo uma sutil maturidade que não havia antes, mas seu sorriso era o mesmo, gentil e acolhedor.

Ophélia sentou-se, esticando os pés para alcançar os sapatos, quando Gregório, com um movimento suave, colocou as sandálias nos pés dela.

"Quer que eu a carregue?"

"...Eu só estou com febre, não estou incapacitada" - Ophélia pisou no chão, indo lavar o rosto no banheiro.

Quando voltou, o café da manhã já estava servido.

Gregório tinha preparado uma moqueca de peixe, com pedaços bem cortados, sem nenhum cheiro de mar, e uma textura suave.

Kristina, com uma voz preocupada, disse: "Ophélia, soube pelo Gregório que você está doente. Como está se sentindo?"

Ophélia, deitada de bruços no sofá com os olhos fechados, começou a acordar lentamente.

Ela estava doente e não tinha vontade de participar de falsidades.

"O que você quer?"

"Só queria saber como você está" - Kristina respondeu: "Ontem fiz um caldo de cana com limão, Gregório levou para você, não foi? Foi minha primeira vez fazendo, não sei se ficou bom. Você gostou?"

Então tinha sido ela quem fez.

Ophélia, é claro, não era tão ingênua a ponto de pensar que Kristina o havia feito especialmente para ela.

"Você fez para o Gregório, não foi?"

Kristina ainda fingiu ser generosa: "Faz alguma diferença você beber com Gregório?"

"Faz?" - Ophélia respondeu sarcasticamente: "Se não fizesse diferença, você não teria me chamado especialmente para isso."

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