Ophélia escolheu um dia, após o trabalho, para levar Tarsila Fagundes e Clorinda Serrano ao Bosque dos Ipês.
Já fazia um tempo que ela não voltava, e sua casa estava muito mais vazia do que quando ela tinha partido.
Tarsila Fagundes mal entrou e foi direto para o closet do segundo andar, vasculhando as malas como quem faz uma faxina.
Clorinda Serrano, visitando a casa pela primeira vez, correu animada para explorar cada canto.
"Esta casa é tão bonita, tem muito mais bom gosto do que a do meu pai!"
"Adoro a cor desse piso!"
"E essa luminária também é ótima!"
Cada luminária daquela mansão tinha um design exclusivo, peças únicas.
A enorme luminária de cristal na sala de estar era deslumbrante, brilhava como uma galáxia.
E a que ficava ao lado da parede, brilhava como a cauda de uma sereia encantadora.
Clorinda Serrano apontou para ela e disse: "Eu quero essa!"
Ophélia não esperava que ela se interessasse por uma luminária, olhou para os fios pendurados no teto: "Se você gostou, pode levar."
"Vou chamar alguém para ajudar." - Clorinda Serrano imediatamente pegou o celular, enquanto dizia: "A decoração dessa casa vale outra mansão inteira, é uma pena vender, você nem precisa do dinheiro, por que não fica com ela?"
Porque as lembranças, boas e ruins, estavam por toda parte.
"Salvar é inútil, não pretendo voltar."
Melhor não deixar lembranças para trás.
Ela tinha facilidade em se apegar ao passado.
Ophélia foi até o bar para preparar um copo de água, notando um copo no balcão.
Pensando bem, realmente não havia nada de ruim nesse estilo de vida.
Mas...
"É uma pena que você o ame." - Tarsila Fagundes suspirou: "Se você não o amasse, seria perfeito!"
Tarsila Fagundes voltou-se para Clorinda Serrano com a expressão de quem está fazendo um teste: "O que isso nos ensina?"
Surpreendida com a pergunta, Clorinda Serrano respondeu: "Que você não se valoriza?"
Tarsila Fagundes lhe deu um chute: "Isso nos ensina que as mulheres devem buscar dinheiro dos homens. Quem procura amor acaba mal, com dinheiro você tem tudo."
Clorinda Serrano quase se convenceu: "Faz sentido."
"Não ensine esse tipo de valor para a Clorinda, ela ainda é jovem." - Ophélia se aproximou e a ajudou a se levantar: "Vamos logo, vamos jantar."
"Não é nada jovem" - disse Tarsila Fagundes: "Quando ela brincava de casinha, já sabia como conseguir dois maridos, um para ganhar dinheiro e outro para cuidar da casa e de si mesma."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....