Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 266

Ao acordar pela manhã com uma dor de cabeça insuportável, Ophélia tomou um banho, trocou de roupa e saiu para trabalhar.

Enquanto atendia no consultório, de vez em quando massageava as têmporas e só se sentiu um pouco melhor após tomar um analgésico.

O trabalho a manteve ocupada até o meio-dia. Ao sair do escritório, ela ouviu a recepcionista falando animadamente sobre algo relacionado à neve, mas não prestou muita atenção.

Quando foi ao refeitório para comer, encontrou Clorinda Serrano, que finalmente havia acordado de seu dia de folga.

Ela e Tarsila Fagundes haviam exagerado na festa da noite anterior. Tarsila estava morta de cansaço, bocejando sem parar.

"Ter que trabalhar depois de uma noite como aquela, que vida difícil eu tive.

"Por que não tenta tirar um cochilo escondido?"

Sra. Serrano não entendia a realidade de quem trabalha muito, mas Tarsila tinha a pele grossa: "Como se eu pudesse, com o chefe me vigiando o tempo todo por ser essa beldade, nem pensar."

Ela então perguntou a Ophélia: "A que horas você foi embora ontem?"

"Não me lembro."

Ophélia realmente não se lembrava de como havia chegado em casa na noite anterior. A garrafa de cachaça era pequena, mas muito potente.

Ela perguntou: "Não foram vocês que me trouxeram para casa?"

"Não" - disse Clorinda Serrano: "nós duas estávamos muito bêbadas, acordamos na casa do Nileson".

"Exatamente! Dormimos no chão mesmo, e aquele idiota nem se deu ao trabalho de nos cobrir. Quase peguei um resfriado" - reclamou Tarsila Fagundes, irritada.

"Deve ter sido o Nileson que levou você para casa" - conjecturou Clorinda Serrano com desdém: "Favoritismo, hein? Da próxima vez, não deixe que ele espere um presente."

"Devo ter me embriagado cedo" - supôs Ophélia.

Nileson era o que mais aguentava beber, chegava a um ponto que nem ele mesmo sabia quem era, quem dirá levar alguém para casa.

Após conversar mais um pouco, Ophélia desligou quando Rute chegou correndo, toda empolgada: "Você viu o boneco de neve no pátio do hospital?"

O beef estava muito enjoativo naquele dia, e depois de morder um pedaço, Ophélia quase se engasgou, tomou um gole de sopa e respondeu calmamente: "Você finalmente pirou com o trabalho? Com esse calor, como pode ter um boneco de neve?"

"É verdade!" - Ruth a agarrou pelo braço e a puxou para fora: "Venha, eu vou lhe mostrar!"

Ophélia foi arrastada escada abaixo.

Ao se agachar para observar mais de perto, Ophélia viu que os olhos eram feitos de duas uvas pretas redondas.

Ela se lembrou de um boneco de neve que tinha feito uma vez com Gregório.

Mas ele tinha se comprometido a não aparecer mais perto dela, e havia muitas pessoas que poderiam usar uvas como olhos, não seria necessariamente ele.

O boneco de neve gerou muita discussão entre a equipe do hospital e os pacientes, atraindo várias pessoas para vê-lo naquela tarde.

Bonecos de neve não eram novidade, já que Cidade Nascente tinha muita neve no inverno e muitas pessoas já haviam feito bonecos de neve antes.

Mas um boneco de neve que aparecia na primavera era como um visitante que havia chegado na hora errada, recebendo uma recepção calorosa.

Ninguém sabia quem tinha colocado ali.

Não se pode negar que sua chegada inesperada trouxe um pequeno sopro de surpresa e alegria para o dia de trabalho de Ophélia hoje.

Sempre que tinha um momento livre, ela caminhava até a janela para dar uma espiada lá embaixo.

O clima de Cidade Nascente estava um pouco quente demais para essa viajante do tempo e espaço, mas em algumas horas, ele já não tinha mais o mesmo vigor inicial, murchando gradualmente em uma fusão silenciosa e imperceptível.

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