Os funcionários da Fortaleza Finanças S.A., de cima a baixo, recentemente ficaram todos por dentro de uma fofoca sobre o presidente.
Dizia-se que a esposa do presidente era especialmente bonita.
Dizia-se que o casal não estava se dando bem, e que a esposa estava ignorando o presidente.
Dizia-se que eles haviam discutido, e que o presidente havia feito ela chorar no escritório.
Um funcionário surpreendido por Tarsila Fagundes enquanto imprimia documentos na impressora, pensou que ela fosse a "esposa" - por ousar chamar o presidente pelo nome, como se fosse a própria lenda.
Mas quando ele a viu de perto, percebeu que ela era apenas bonita, não tão espetacular como diziam.
Quem disse que ela tinha uma aura especial? A aura de uma guerreira feroz, talvez?
"O Sr. Pascoal está em uma reunião..."
Tarsila Fagundes o soltou e, em seguida, com uma aura tempestuosa, dirigiu-se para a sala de reuniões.
Os funcionários do lado de fora, ao perceberem, tentaram impedi-la, mas ninguém foi capaz de deter Tarsila Fagundes.
Ela entrou direto na sala de reuniões, interrompendo a reunião de projeto que estava ocorrendo.
Ela não era como Ophélia. Ophélia teria pedido aos estranhos que saíssem antes que ela falasse, mantendo a dignidade de Gregório em público.
Mas Tarsila Fagundes não se importava com dignidade.
Sob o olhar atônito de mais de vinte pessoas na sala de reuniões, ela pegou o café da mesa e jogou em Gregório.
Um grito de surpresa foi ouvido, e a reunião interrompida rapidamente se transformou em caos.
"Sr. Pascoal, você está bem, Sr. Pascoal?"
"Peguem uma toalha! Peguem uma toalha!"
Gregório já estava extremamente irritado, especialmente depois de Ophélia ter bloqueado todos os seus métodos de contato após deixar a Fortaleza Finanças S.A.
Isso era pior do que voltar ao ponto de partida, porque agora a situação havia retrocedido para algo ainda mais complicado.
Ele não se importava com as bobagens de Tarsila Fagundes, mas tinha que ser educado por causa de Ophélia, que a apoiava incondicionalmente.
Ele não tinha sogra, mas era como se tivesse.
Gregório engoliu sua irritação, que não tinha para onde ir, e estava à mercê de quem quisesse atacá-lo, mesmo que Tarsila Fagundes tivesse jogado café em seu rosto.
Ajeitou a gravata, contendo a raiva: "Eu a amo, então é impossível me divorciar dela. Minha paciência contigo é só para não deixá-la chateada, se tiver um pouco de juízo, fique na sua como uma boa amiga, sem se meter onde não é chamada."
"Você ama é nada! Que valor tem esse teu amor? Você já disse que amava ela antes, e no final, acabou deixando ela aos pedaços. Foi o primeiro namoro dela, a primeira vez que se apaixonou por alguém. Ela te amava tanto, e você simplesmente a abandonou, sem dar nenhuma explicação."
"Você tem alguma ideia de como ela passou por esse período? Você a fez entrar em depressão profunda, todos os dias se perguntando se ela não era boa o suficiente, se não merecia ser amada. Sabe o que é receber uma ligação dela dizendo: "Tarsila, estou me sentindo tão mal, queria tanto morrer"? E quando a encontrei chorando na beira da estrada, com tantos carros passando, fiquei morrendo de medo de chegar tarde demais e ela ter feito alguma besteira."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....