Você é meu, Ômega romance Capítulo 267

— Ela vai sentar aqui comigo, porque ela é minha mulher.

Delilah olhou para Everett com admiração nos olhos.

Ele acabou de me chamar de sua mulher? Ela pensou e o encarou.

— C-Como você pode dizer isso, E-Everett? — A rainha perguntou a ele com um tom abalado.

Delilah imaginou que eles nunca tinham visto esse olhar de Everett antes.

Como eles poderiam ver? Ele só veio aqui para sua avó depois de anos. Eles não parecem próximos do filho deles.

Delilah engoliu em seco quando a rainha a encarou.

— Se acalme, Everett. Ela é sua mãe, você não pode falar assim com ela na frente de uma garota simples.

Everett rosnou, quase sacudindo a mesa toda.

Delilah tocou em seu braço e puxou.

— Deixe para lá. Eu posso comer depois.

Ele virou a cabeça para ela.

— Eu te disse para falar?

Delilah balançou a cabeça e olhou para a avó. Ela viu a avó encarando Everett com um sorriso nos lábios. E então olhou para Delilah.

Delilah implorou com os olhos para que ela controlasse a situação.

— Everett, se acalme, meu filho. Delilah é sua mulher. Ninguém pode separá-la de você. — A avó falou.

Everett encarou a avó, que sorriu para ele timidamente.

Ele fechou os olhos e tentou se acalmar.

O Rei tossiu e disse:

— Vamos comer, todos.

Delilah olhou para a comida. Era como um banquete. Ela nunca tinha visto tantos pratos juntos assim.

Ela não era de uma família rica. Embora seus pais adotivos vivessem uma vida luxuosa, eles a tratavam como uma empregada pobre. Ela tinha que comer as sobras na maioria das vezes. Então, para ela, todas aquelas coisas eram muito novas e impressionantes.

Algumas criadas vieram e começaram a servir a todos.

Quando uma criada veio servir Everett, ele levantou a mão para pará-la. Ele não queria mais comer. Ele estava apenas sentado lá olhando para a avó.

Todos olharam para Everett. Delilah também viu como Everett estava sentado sem comer nada.

Ela puxou o prato dele e se levantou. Ela encheu o prato dele com bife e arroz e o colocou na frente dele.

Ela se sentou e continuou a comer. Everett virou a cabeça para ela. Delilah parou e se virou para ele.

— Vamos comer juntos, está bem?

Ela murmurou suavemente como sempre fazia. Ele a encarou por um momento, então desviou o olhar.

Ele começou a comer. Isso chocou os outros. Eles não podiam acreditar que Everett, a besta da floresta, estava ouvindo uma jovem como ela.

— Parece que você não esqueceu suas maneiras reais. Você está comendo bem. — O rei disse a Everett.

Delilah parou quando ouviu isso.

Ele acabou de zombar de Everett? Por quê? Só porque ele vive na floresta não significa que ele coma como uma besta. Ele não é o pai de Everett?

Delilah não gostou do tom das palavras do rei. Ela podia ver o punho cerrado de Everett ao lado dela. Mas em seu rosto, ele estava indiferente, como se não se importasse ou não o afetasse de forma alguma.

— Me conte sobre você. — O rei falou novamente.

— Não há nada para falar. — Everett respondeu.

— Por que você não pode simplesmente voltar e ficar conosco?

Everett riu ao ouvir isso. Foi uma risada que fez os outros tremerem até o âmago.

— Agora você realmente quer que eu fique aqui?

Ele perguntou e o encarou.

— Por que não?

— Governar este reino é muito fácil para você então.

— Everett! — A rainha advertiu.

Everett franziu o cenho para ela.

— Por que você sempre se intromete? Ou isso se tornou um hábito nos últimos vinte anos?

A rainha o encarou.

— Não esqueça disso. Eu sou sua mãe.

— Você...

Delilah segurou seu braço mais uma vez. Ela estava com medo de que ele fizesse algo com o rei ou a rainha. Everett não pensaria em seu relacionamento com eles, com certeza.

Delilah sussurrou para ele:

— Everett, vamos voltar para o quarto.

Todos ficaram chocados. Ela acabara de chamar Everett pelo nome?

No entanto, Delilah não estava ciente de seus pensamentos. Everett estava quase perdendo o controle, mas quando ela segurou seu braço, ele pausou sua mente.

— Por favor.

Delilah encarou seus olhos pretos escuros. Ela tinha medo de que quando eles se tornassem laranja novamente, ele a mataria.

— Me desculpe, M-Mestre. — Ela sussurrou e fechou os olhos.

Delilah sentiu a mão dele tocar sua clavícula e abriu os olhos imediatamente.

Ela ficou atordoada quando ele se aproximou de seu rosto.

— Só porque eu te chamei de minha mulher, não comece a sonhar acordada com essa besta.

Delilah descansou a cabeça na cama enquanto o observava.

E se eu disser que já estou sonhando com você? Ela disse em sua mente, mas não ousou dizer em voz alta.

Ela sentiu a mão dele descer e parar em seus seios.

Seu coração começou a bater mais rápido. No entanto, ele não parou por aí. Sua mão agarrou sua cintura e ele diminuiu a distância entre seus corpos.

— Pare de me olhar assim. Eu vou te destruir. — Ele murmurou enquanto a encarava.

Seu rosto estava muito perto do rosto dela. Delilah aproveitou a chance e tocou sua bochecha esquerda.

Ela ouviu seu rosnado e sua bochecha começou a queimar.

— AAAAAHHH!

Ela gritou não porque sentiu alguma queimadura, mas porque sua bochecha parecia queimar como carne em fogo.

Everett se afastou dela e ela se sentou imediatamente.

— Ev-Everett...

— Quantas vezes eu te avisei? — Ele gritou com ela, enquanto a encarava com seus olhos laranja.

— E-Eu s-sinto muito. — Ela se desculpou. Ela nunca parou de encarar a bochecha dele.

Ele olhou ao redor do quarto e apertou os punhos.

— Este quarto te salvou hoje, senão eu teria te matado.

Delilah estava confusa, mas balançou a cabeça.

— Por favor, me perdoe. — Ela disse enquanto as lágrimas rolavam por suas bochechas.

Everett a encarou, mas ela sentiu seus olhos se suavizarem. Ele desviou o olhar dela e disse:

— Fique quieta e durma.

Ela viu seu rosto voltar ao normal. Então ela assentiu com a cabeça e se deitou na cama.

Delilah fechou os olhos e ouviu ele.

— Essa mulher é louca. Quem sabe quando eu vou perder o controle e matá-la.