Você é meu, Ômega romance Capítulo 252

— Não me entenda mal. Mas como você é uma Ômega e vocês dois estão em um relacionamento íntimo, ele deveria ter te marcado já.

Marcar? Toda a cor de seu rosto desapareceu.

Ele vai me marcar algum dia? Não, ele é meu mestre. Não posso pensar muito sobre isso. Pare, Delilah. Não ouça ninguém. Ela se convenceu a não assumir coisas que nunca aconteceriam.

Ela queria responder a Lily, mas a porta se abriu e um nervoso Conor entrou.

— Você está aqui! Eu estava te procurando por toda parte. — Ele disse para Delilah, mas então virou a cabeça para Lily, percebendo que ela também estava na sala.

— Lily.

— Senhor. — Lily se curvou para Conor.

Ela ficou chocada com o quão informalmente Conor estava falando com Delilah.

— Lily, você pode verificar o paciente na cabine número três? Ele está se sentindo enjoado, e a enfermeira naquela cabine lhe dará o relatório dele.

Lily olhou para Delilah e depois para Conor. Só então ela assentiu para Conor e saiu da sala.

No momento em que ela saiu, Conor fechou a porta.

— O que aconteceu? — Delilah perguntou.

— Use isso agora mesmo.

Conor tirou um colar de quatro folhas de prata, do bolso. Os olhos de Delilah se iluminaram.

— Ei! Onde você encontrou isso?

— Seu mestre me fez correr a floresta inteira só para encontrá-lo. — Ele suspirou.

Delilah colocou o colar e sorriu.

— Espera. Qual é o motivo desse sorriso?

— Nada.

Conor riu.

— Ok, agora eu vou voltar ao trabalho.

— Obrigada, Conor.

— Foi a coisa menos difícil, que eu poderia fazer por você.

Delilah se sentiu aliviada por ter o colar de volta. Caso contrário, atrairia outros homens.

Ela começou a trabalhar conforme sua programação.

Havia diferentes tipos de pacientes que vinham ao hospital. Algumas pessoas tinham febre e outras, ferimentos graves em seus corpos. Todos os tipos de pacientes estavam recebendo tratamento lá.

Delilah ficou surpresa com quantas pessoas se machucavam diariamente.

— Querida, quantos anos você tem?

Uma mulher de meia-idade perguntou.

— Eu tenho vinte. — Delilah respondeu à paciente.

Além de ser uma mulher de meia-idade, aquela senhora era uma Ômega, assim como Delilah. Então elas podiam se comunicar bem.

A mulher tinha alguns problemas de saúde. Ela ficaria bem em breve, disse Lily.

— Você é uma garota tão boa. Sente-se aqui.

Delilah sentou ao lado dela, já que era o último agendamento antes do intervalo para o almoço.

— De onde você é?

— Por que você está perguntando isso? Eu moro nesta vila. — Delilah respondeu tentando ser confiante.

A mulher riu.

— Não fique nervosa com isso. Não contarei a ninguém.

— Por que você está perguntando, tia?

— Seu colar. — Ela apontou para o colar de Delilah.

Delilah o tocou.

— Onde você conseguiu isso, querida?

Delilah sempre colocava o colar dentro de sua blusa ou seu vestido, mas ela o usou quando Conor lhe deu e acabou esquecendo de colocá-lo dentro.

— Minha família. — Ela não percebeu que acabara de chamar Everett de sua família.

Ele vai me contar sobre isso algum dia? Delilah pensou em sua mente.

— Não pense demais. Você é muito jovem para pensar nessas coisas profundas. Apenas viva e aproveite sua vida. Você já encontrou seu companheiro?

Mas que diabos! Por que todo mundo está me perguntando sobre meu companheiro? Toda vez que penso na palavra companheiro, só consigo imaginar ele. Ela suspirou.

— Não.

— Espero que você o encontre em breve. Ele vai te amar, marcar e casar com você. Há quanto tempo você trabalha aqui?

— Eu entrei este mês.

— Legal.

A mulher sorriu para Delilah. Ela a achou muito fofa e jovem.

— Você pode sair se quiser. Tomei seu tempo, não se importe comigo.

Delilah balançou a cabeça.

— De jeito nenhum, senhora.

Ela se levantou e se dirigiu para a porta para sair, mas parou. Ela se virou para a mulher que era uma Ômega como ela.

Mas como ela sabia sobre a história da Bruxa e do Feiticeiro?

Ela deu um passo em direção a ela e perguntou:

— Posso te fazer uma pergunta?

A mulher a olhou e assentiu:

— Claro.

— Como você sabe sobre o feiticeiro?

A mulher a encarou por um momento como se estivesse pensando se poderia contar a ela sobre aquilo ou não.

— Está tudo bem, esqueça.

Delilah sorriu e se virou, mas ouviu ela dizer,

— O feiticeiro sobre o qual falei, ele é meu irmão.