— Quem é ele?
Delilah sentiu a respiração quente de Everett em seu ouvido direito. Ela fechou os olhos quando sentiu o cheiro de seu perfume, como se fosse viciante para ela.
A outra mão dele repousava do outro lado, ao lado da cabeça de Delilah. Agora ele a cercava com ambas as mãos. Ela lentamente virou-se para ele, mas arfou. Seu peito nu estava na frente de seu rosto.
Everett era muito alto e ela não ousava olhar para cima para ele.
— Quem é ele? — Sua voz profunda apertou o coração dela.
— Q-Quem?
— O homem com quem você almoçou. Você passou muito tempo com ele, não é?
Delilah olhou para ele. Seus olhos bonitos, porém perigosos, olhavam nos olhos dela.
— Ele é meu amigo.
— Amigo? — Ele perguntou com uma carranca.
Como ele sabe sobre o Ron? De fato, almoçamos juntos. Mas como ele sabe? Ou ele adivinhou na mesa durante o jantar? Não, não posso deixá-lo me entender mal. Ela pensou.
— Sim, ele é apenas meu amigo. Não temos nenhum re...
— Ele sabe onde você mora? Você contou tudo a ele? — Ele a encarou.
Delilah soltou um suspiro que não sabia por quanto tempo estava segurando. Ele não estava pensando nela e no Ron ou em qualquer relacionamento entre eles. Ele estava realmente pensando nele mesmo, em sua vida e nas condições que impôs a ela. De repente, ela se sentiu triste e não sabia por quê.
Por alguma razão, ela queria ver sua natureza cuidadosa para com ela.
Pare de pensar demais, Delilah. Ele não é sua família. Ela disse a si mesma.
Ela balançou a cabeça para Everett.
— Eu não disse nada a ele. Ele é apenas um bom médico, com quem posso aprender muitas coisas para que eu possa trabalhar adequadamente. Depois disso, posso trabalhar duro para ganhar mais dinheiro.
Everett estreitou os olhos.
— Por que você quer ganhar mais dinheiro? Não há comida suficiente em minha casa? Eu não estou deixando você ficar aqui?
Ela olhou ao redor do quarto. Aquele palácio de madeira não era dela.
— Esta casa é sua, mestre. Não minha.
Ele riu.
— Algumas semanas atrás você estava implorando para ficar em minha pequena casa, mas agora está sonhando com um castelo?
Delilah balançou a cabeça.
— Por favor, não me entenda mal.
Everett aproximou o rosto do dela, que recuou como se tivesse visto algo em seus olhos.
— Mulheres como você, eu conheço muito bem.
Delilah ficou surpresa.
— E-Eu... — Ela ficou sem palavras. O que ela diria a ele?
— Vá para a cama e durma. — Ele ordenou e jogou a toalha de seu pescoço no chão.
Ele se dirigiu para a porta e Delilah pegou a toalha do chão. Quando o viu saindo do quarto, ela correu para as escadas atrás dele.
Mas ele era surpreendentemente rápido e já tinha saído de casa.
— Para onde ele vai desta vez? Ele nem sequer vestiu uma camisa. É uma noite fria.
Eu me tornei gananciosa? Mas eu só queria ganhar dinheiro para não incomodá-lo mais.
Os olhos laranja com chamas ardentes dentro... ela pensou novamente. Seu corpo todo tremia.
Lágrimas rolaram de seus olhos. Ela estava com muito medo dele. Ela não sabia por quê, toda vez que pensava em seus olhos, só sentia que ele a mataria mais cedo ou mais tarde.
— Eu-Eu não quero m-morrer. Minha mãe me disse para viver l-longamente. — Ela murmurou e deslizou ao lado da janela.
Ela estava completamente sozinha neste mundo. Não havia ninguém que pudesse chamar de seu.
Sua madrasta a chantageou tantas vezes, dizendo que a jogaria para a besta e ele a devoraria viva, que aquilo se fixou em sua mente.
Ela não queria morrer.
— Everett.
Ela chamou em um tom baixo como se ele fosse ouvi-la.
— E se ele matasse o Everett?
Delilah colocou as mãos sobre a boca.
— Não, por favor, não o mate. — Ela sussurrou para si mesma.
Ela não ouviu mais rugidos e achou que a besta tinha ido embora, mas Delilah não conseguia se acalmar. Ela não sabia por quanto tempo ficou sentada no chão, até ouvir o som de abertura da porta principal.
Ela fungou, com medo de respirar. Ela se levantou lentamente e foi em direção à porta do quarto. Estava aberta, então ela tentou fechá-la rapidamente, mas uma mão a impediu ao agarrar a porta.
Ela deu um passo para trás e o homem abriu a porta completamente.
— EVERETT!
Delilah olhou para ele. Não podia acreditar que ele estava de volta e totalmente bem. Sem se importar com o corpo nu de Everett, ela o abraçou.
— E-Eu pensei que ele tivesse te matado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Você é meu, Ômega
Sophia e Bryan são perfeitos!!!...
Ethan é um babaca, está atrás dela pq ela mudou....
Ansiosa p os próximos capítulos...
Por favor o restante dos capítulos...
Quero mais capítulos!...
Esperando a continuação já li até 104...
Livro maravilhoso!...
Esperar os próximos capítulos...
Na verdade o companheiro dela é Ryan...
Esse Ethan é um inbecil...