— Os aldeões acham que ela parece ter visto a besta.
— O QUÊ?
Essa foi a reação de Delilah. Uma reação chocante. Ela olhou para a garota.
— Ela viu a besta? — Ela perguntou em um sussurro.
A mãe suspirou e assentiu, quase chorando.
— Minha filha está viva. Então agradeço à deusa da lua. Não quero mais nada.
Delilah deu tapinhas em seu ombro.
Eu não disse a Everett sobre a besta? Ele sempre ignora. Esse homem! Ele deveria ter vindo comigo. Então ele acreditaria em mim. Ela pensou.
— Não se preocupe, ela ficará bem.
A mulher assentiu.
— Qual é o seu rank? — Ela perguntou.
Delilah respondeu hesitante:
— Ômega.
— Ah.
— E você?
— Eu sou fêmea Theta. Minha filha é Beta. Ela recebeu o rank do pai. Ele é um beta na verdade.
Delilah entendeu. Nesta aldeia, o rank importava muito. Ela podia ver o orgulho de seu rank nos olhos da mulher.
— Onde você mora? — A mulher perguntou a ela.
— Eu moro no meio da flo...
Delilah imediatamente parou, se lembrando do aviso de Everett. Como ela poderia ser tão descuidada?
— No meio de onde? — A mulher perguntou.
Delilah riu de forma constrangedora.
— No meio desta aldeia. Minha casa é muito longe daqui.
Amelia puxou o vestido de sua mãe, então a mãe pediu desculpas a Delilah por sair.
— Desculpe, eu tenho que ir agora. Acho que a Amelia quer voltar agora. Ela está medicada, precisa dormir.
— Sim, claro. — Delilah respondeu.
A mulher segurou a mão de sua filha e começou a ir embora. A garota, Amelia, se virou para Delilah.
Delilah acenou para ela, mas a garota não acenou de volta, apenas a olhou até que sua mãe a levasse para o outro lado e contasse algo a ela.
— Por que ela estava me olhando assim? Garota estranha! — Delilah murmurou e voltou para o hospital.
Depois de trabalhar mais duas horas, Delilah esperou Conor terminar seu trabalho. Porque já era noite e ele a levaria de volta para sua casa.
— Casa? Posso chamar de casa? Aquela é a casa dele. Eu acabei de conhecê-lo. Mas sempre me senti segura quando ele estava comigo. Será que é porque ele me salvou?
Ela olhou para baixo em seu vestido e o acariciou.
— Ele é arrogante, mas é uma boa pessoa.
Delilah viu muitos membros da família e amigos virem visitar pacientes no hospital.
Eles estavam vivendo em uma sociedade e aquilo a fez pensar, que não seria ruim se ficasse em um lugar populado como aquele.
Delilah se lembrou da noite em que correu para Everett. Se soubesse sobre este lugar, não o teria perturbado e teria vindo aqui diretamente.
Mas ela não sabia o caminho naquela época.
— Vamos.
Conor veio e Delilah se levantou de sua cadeira. Ela estava sentada na área de recepção.
Quando outra enfermeira e médico viram Conor junto com ela, pensaram que Delilah era alguém especial para que seu chefe a estivesse levando com ele.
Seus olhos eram como os de um predador. Por um momento, ela sentiu que estava falando sobre ele e que ele estava ficando bravo com ela.
— Vamos. Por que vocês dois reagem como a besta?
— Não fale sobre isso na frente dos outros. Ninguém vai gostar. Se ouvir algo sobre a besta, tente evitar o máximo que puder. Caso contrário...
Ela franziu a testa.
— Caso contrário o quê?
— Senão quem sabe o que ele planejou? Talvez ele fixe os olhos em você e a persiga por último? — Conor disse com uma voz profunda.
— AAAA!! — Ela disse e bateu levemente em seu braço. — Pare de me assustar.
Ele começou a rir e balançou a cabeça.
A lua estava brilhando. Eles podiam se ver pela luz da lua e seguiram para a casa de madeira.
Delilah sentiu que Conor era um cara amigável.
— Vou organizar sua agenda a partir de amanhã, para que você possa voltar mais cedo antes da tarde.
— Obrigada, Conor.
— De nada.
Eles conversaram sobre alguns assuntos de enfermagem. Conor contou uma piada sobre como algumas enfermeiras novas desmaiavam quando viam os médicos realizarem alguma operação. Delilah riu muito, porque Conor estava agindo como essas enfermeiras e imitando suas expressões.
Conor era realmente um cara divertido. Como ele poderia se tornar o chefe do hospital em uma idade tão jovem? Se ela não tivesse visto isso hoje, nunca teria acreditado.
Eles continuaram rindo e conversando quando chegaram à casa de madeira.
— Estamos em casa. — Conor disse.
Delilah sorriu para ele, mas seu sorriso congelou quando seus olhos caíram sobre o homem encostado em uma árvore.
Everett estava em pé, olhando fixamente para ela. Ela ficou nervosa. Por algumas horas, ela pensou que era um espírito livre. Mas agora o olhar dele a lembrou de que não era, ela era escrava de alguém.
— Parece que você está dando um passeio, não trabalhando.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Você é meu, Ômega
Sophia e Bryan são perfeitos!!!...
Ethan é um babaca, está atrás dela pq ela mudou....
Ansiosa p os próximos capítulos...
Por favor o restante dos capítulos...
Quero mais capítulos!...
Esperando a continuação já li até 104...
Livro maravilhoso!...
Esperar os próximos capítulos...
Na verdade o companheiro dela é Ryan...
Esse Ethan é um inbecil...