Você é meu, Ômega romance Capítulo 238

— Por que você acha que ele está tão interessado em você a ponto de te seguir?

Ela deu um suspiro e recuou. Olhando nos olhos dele, Delilah podia ver algo estranho, mas não conseguia dizer o que era.

— I-Interessado?

— Hmm. Você não acabou de dizer que ele está te seguindo? O que você acha que é? Alguém especial?

Ela entendeu que ele estava zombando dela e sentiu-se de alguma forma insultada.

— Eu nunca disse isso. Eu o vi, então estou te contando isso.

Everett assentiu como se assumisse que ela estava mentindo para ele.

— Quanto tempo você o viu?

Delilah lembrou-se daquela noite. Lembrou-se de como a lâmpada de furacão perdeu as chamas logo antes que ela pudesse vê-lo.

Mas aqueles olhos laranja ferozes! A raiva em seus olhos, a fez tremer na espinha. Era como se ele fosse matá-la a qualquer momento e fosse devorá-la viva, como os outros diziam.

Ela fechou os olhos e descansou a cabeça no encosto do sofá.

— Não consigo te explicar o que vi, Ev... Mestre. Vi seus olhos raivosos. A maneira como ele estava me olhando, não consigo te descrever. Sinto como se ele estivesse me observando o tempo todo. Como se ele estivesse aqui e me observando. Sinto o olhar sombrio dele sobre mim, sem tê-lo aqui.

Delilah suspirou e esperou por ele. Everett ficou em silêncio, então ela abriu os olhos e o viu encarando. Havia um espanto em seus olhos.

— Você deveria ir até ele. Por que está aqui?

Ela se sentou.

— Não, por favor. Não diga isso. Eu só o odeio.

Ele franziu a testa.

— Odeia?

— Sim, ninguém pode gostar dele. Quem gostaria de um monstro?

O espanto em seus olhos desapareceu quando ele assentiu.

— Você está certa.

Então ele se levantou e saiu de casa sem dizer nada a ela.

Delilah encarou a porta. Por que ele sempre saía de casa? Ela tinha medo de viver no meio da floresta sozinha. No entanto, ela não tinha outra opção.

Delilah trancou a porta e ficou em casa o dia todo. Ela limpou o lugar para passar o tempo. Estava realmente entediada.

Quando já era tarde da noite, Everett não voltou para casa. Delilah estava com medo de que algo tivesse acontecido com ele, então ela não foi para o quarto e descansou no sofá, esperando por ele a noite toda.

Quando amanheceu, ela ouviu batidas. Ela acordou e percebeu que tinha adormecido no sofá. Delilah correu para a porta e a abriu depois de olhar pela janela.

— Você está bem? — Ela perguntou a Everett no momento em que abriu a porta.

Ele franziu a testa. Seu humor não parecia bom para ela. Everett a ignorou e entrou na casa.

— Eu o irritei de novo? O que fiz desta vez? — Ela perguntou a si mesma e coçou a cabeça.

Ela viu uma sacola em sua mão, que ele colocou no sofá e disse:

— Vista isso.

Eu sei que ele é bonito, mas o que ele está pensando de si mesmo? Quem viria aqui deixando a vila para ficar com ele? Só eu fiz isso. Ela pensou.

Ele subiu as escadas sem responder e foi dormir. Ela entrou no quarto pouco tempo depois e o viu dormindo.

Delilah também estava com sono, já que não dormiu bem na noite passada, só cochilou por duas ou três horas. Então ela também se deitou na cama e tentou dormir novamente.

Sem perceber, ela se sentiu relaxada ao voltar para a cama.

Delilah não sabia se era porque estava no colchão macio ou se era porque o homem estava de volta para casa. Ela olhou para o lado.

Talvez eu nunca tenha ficado com outro homem assim antes, é por isso que estou me sentindo assim. Ela pensou.

O vento soprou no quarto porque a janela estava aberta. Ela estava muito cansada para se levantar e fechá-la.

Delilah sentiu frio embaixo do cobertor, então se moveu um pouco em direção ao homem na cama.

Quando seus corpos estavam um pouco próximos, ela sentiu calor. O corpo de Everett estava muito quente, transmitindo calor para ela.

Ela sorriu e dormiu, tentando não tocar o corpo dele de forma alguma.

Quando acordou, já era meio-dia. Ela se sentou e esfregou os olhos. O homem não estava lá e a cama estava vazia como sempre quando ela acordava.

— Como ele consegue dormir tão pouco?

Delilah foi para o banheiro tomar um banho, mas sentiu algo em seu pescoço. Ela tirou suas roupas e ficou em frente ao espelho grande no banheiro.

Tinha um colar com quatro folhas em seu pescoço. Delilah tocou o colar e o acariciou. Quando ela o colocou? Ela não conseguia se lembrar de nada relacionado a isso.

Como ele veio parar em seu pescoço? Não estava lá ontem. Ela olhou para o belo colar de prata e uma única coisa veio à sua mente.

— Será que ele me fez usar este colar enquanto eu dormia?

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Você é meu, Ômega