Algumas garotas tiveram os olhos iluminados, secretamente aliviadas.
Amélia continuou: "Vocês me fazem uma nota promissória, esse dinheiro será como se eu tivesse emprestado para vocês. Em consideração ao fato de sermos colegas, não cobrarei juros."
"Vocês todas são boas amigas de Camila, não a deixarão na mão, certo?"
Amélia devolveu a elas todas as palavras que tinham dito anteriormente.
Se realmente quisessem ajudar Camila, deveriam emprestar o dinheiro e pagar a cirurgia.
No entanto, esse dinheiro certamente teria que ser devolvido posteriormente.
No final das contas, o dinheiro nos bolsos delas não estaria seguro, qual seria a diferença de pagar a cirurgia diretamente?
Mas se não quisessem emprestar, seria como Amélia disse, estariam "deixando Camila na mão".
Os rostos das garotas mostravam sinais de culpa e desconforto.
"Nós te emprestamos o dinheiro verbalmente, não precisamos de uma nota promissória, seria um incômodo. Todos somos colegas..."
Amélia tirou papel e caneta do bolso.
"Não é incômodo, eu trouxe o material, quem vai assinar?"
As garotas se entreolhavam, nenhuma queria assinar.
Não que não tivessem pensado em enganar Amélia.
Afinal, Amélia não poderia ver, poderiam escrever qualquer coisa no papel e enganá-la.
Mas Sr. Mendes estava ao lado, mesmo que quisessem enganar, não conseguiriam.
"Esqueça, não vamos emprestar. Vamos juntar o dinheiro, com certeza conseguiremos pagar a cirurgia."
Emprestar seria um incômodo, era melhor apenas pagar diretamente.
Elas discutiram por um bom tempo, cada uma com uma expressão dolorida, e Palmira, relutante, tirou uma parte do dinheiro.
Juntas, conseguiram pagar a cirurgia.
Amélia, vendo que a situação estava resolvida, virou-se e saiu do hospital.
Rafael rapidamente a seguiu, elogiando:
"Sra. Pereira, você é bondosa mas não fraca, admiro isso em você."
Amélia manteve uma pequena distância dele, dizendo suavemente: "Obrigada pela ajuda."
Ela entrou no carro, pedindo a Ass. Bruno para levá-la de volta à escola.
No caminho, Ass. Bruno perguntou preocupado:
"Senhora, está tudo bem? Devo contatar o Sr. Queiroz?"
Amélia balançou a cabeça, "Estou bem, não precisa incomodar o tio."
O evento desta manhã foi apenas um pequeno incidente.
O que realmente chamou a atenção de Amélia foi a atitude de Rafael.
Por alguma razão, ela sentia que Rafael estava tentando se aproximar intencionalmente.
Além disso, ela tinha uma sensação inexplicável de repulsa em relação a ele.
Mesmo que todos dissessem que o Sr. Mendes era um cavalheiro educado e ele a tivesse ajudado quando precisava.
Mas Amélia simplesmente não conseguia se sentir próxima a ele, sempre mantendo uma certa cautela.
Talvez fosse apenas uma questão de incompatibilidade de energia.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo
Não vai haver novos capítulos?...