No vestiário, Amélia estava organizando as roupas.
Sávio entrou pela porta, perguntando baixinho: "O que está arrumando?"
Amélia esboçou um doce sorriso, dizendo com voz suave:
"tio, amanhã nós vamos deixar a fazenda, então estou adiantando as malas."
"Por que não deixa os empregados cuidarem disso?"
Amélia corou levemente, "As roupas íntimas eu prefiro arrumar por conta própria."
Seria embaraçoso de outra forma.
Com essa explicação, Sávio imediatamente se lembrou das roupas com desenhos animados no guarda-roupa da menina.
"Oh? Tem medo que vejam você usando Bob Esponja?"
O sangue de Amélia correu todo para seu rosto, deixando-a extremamente corada.
Ela mordeu o lábio inferior com vergonha, cobrindo a boca de Sávio.
"tio, fala baixo, por favor!"
Sávio deu uma risada baixa: "Fique tranquila, ninguém ouviu."
Ao olhar para a mala, ele viu um vislumbre de amarelo.
Sávio curiosamente pegou a peça de roupa escondida com dois dedos.
Era realmente uma roupa do Bob Esponja.
Tão fofa que era impossível resistir.
"É tão bonita, por que esconder?"
Amélia tomou a peça de suas mãos e pisou nele com raiva.
"tio, em plena luz do dia, não seja indecente!"
Sávio a abraçou pela cintura por trás, trazendo-a para perto e soprando em seu ouvido de propósito.
"Então, Sra. Queiroz sugere que à noite pode ser indecente?"
Amélia, furiosa e envergonhada, lançou-lhe um olhar irritado.
"Chega, vou parar de te provocar. Se não quer que os empregados ajudem, então deixe seu marido cuidar disso. Vá sentar e descansar um pouco."
Sávio fez Amélia sentar-se ao lado enquanto ele próprio organizava as roupas.
Amélia, sentada ao lado, estava cheia de emoção.
tio, apesar de estar sempre ocupado, ainda assim queria ajudá-la a arrumar as roupas.
Ele não queria que ela fizesse nem mesmo esse pequeno esforço.
Vitória estava sentada no chão, em agonia, com o rosto contorcido de dor.
"Está doendo muito, estava passando pelo jardim e algo me mordeu."
"O quê? Vou ver."
Juliana correu até ela e viu duas marcas de dentes afiadas e pretas na panturrilha de Vitória, com uma coloração azulada!
"Parece que foi uma cobra!"
"Como pode ter uma cobra no jardim? A fazenda sempre teve alguém cuidando para expulsar insetos e cobras, não deveria ter cobras."
"Olha como a ferida está preta, pode ser veneno de cobra! Precisamos chamar um médico imediatamente."
Nesse momento, um jovem homem entrou correndo.
Carlos Esteves chegou apressado, segurou os ombros de Vitória, perguntando ansiosamente:
"Louca, você está bem?"
Vitória, com lágrimas de dor, lançou-lhe um olhar furioso.
"Até nessa hora, você vem fazer graça comigo?"
Mas não havia nenhum traço de sorriso no rosto de Carlos, apenas uma expressão sombria de preocupação.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo
Não vai haver novos capítulos?...