"Comprem o que quiserem, não precisam economizar por minha causa."
A garota escolheu uma bolsa, e Catarina passou o cartão sem hesitar.
Vinte mil reais foram gastos sem que ela piscasse um olho.
"Catarina, eu quero um par de tênis."
"Eu quero um fone de ouvido Bluetooth."
"Podem comprar o que quiserem, hoje a conta é toda por conta da herdeira da família Freitas!"
Catarina estava cercada por todos os colegas, desfrutando a sensação de ser o centro das atenções.
A sensação de ser adorada por todos era simplesmente maravilhosa.
Mas foi nesse momento que Cristina e Amélia apareceram na porta da loja.
Cristina veio em direção a eles, furiosa.
Catarina sentiu um calafrio e apressou-se em ir ao seu encontro.
"Prima, como vocês vieram parar aqui?"
Cristina cruzou os braços e olhou furiosamente para ela, "Você ainda tem a cara de pau de perguntar?"
A ostentação de Catarina, agindo generosamente com o dinheiro dos outros, tinha sido vista e ouvida por elas do lado de fora.
Usando o dinheiro alheio para fazer figura, Catarina deveria ter vergonha!
"Devolva o cartão!"
Cristina estendeu a mão, com uma aura imponente.
Catarina hesitou por um bom tempo antes de devolver o cartão com relutância.
"Prima, eu posso pegar emprestado mais um pouco?"
Cristina passou o cartão para Amélia e então questionou: "Emprestar? Como você, uma estudante do ensino médio, vai devolver?"
Catarina gaguejou, com o rosto vermelho de vergonha.
"Eu, eu vou entrar na universidade, conseguir um bom emprego, ganhar trinta a cinquenta mil por mês, fácil assim não é?"
Cristina rolou os olhos para o céu.
Trinta a cinquenta mil por mês, essa menina sonha alto.
O chamado laço familiar, para Amélia, não valia nem cem mil reais.
Que ironia.
"Catarina, por que você parou? Todos já escolheram seus presentes, estão esperando você pagar."
Catarina olhou para trás e viu que todos estavam abraçando seus presentes, os braços tão cheios que mal conseguiam segurar tudo.
Alguns ainda estavam escolhendo avidamente, tentando aproveitar ao máximo a situação.
Catarina, com a cabeça baixa e sem muita convicção, disse:
"Todos devolvam os itens."
Um colega sorriu e disse: "Ah, entendi, a loja oferece serviço de entrega para VIPs, não precisamos levar para casa. Deixem tudo aí, vamos esperar que os funcionários embalem e entreguem em nossas casas. Vamos aproveitar o tratamento de luxo graças à Catarina."
Catarina, com os punhos cerrados ao lado do corpo, apertava tanto que suas unhas quase perfuravam a pele.
Em seu íntimo, ela usou todos os palavrões que conhecia para amaldiçoar Amélia inúmeras vezes.
Mesquinha! Avarenta! Mais cedo ou mais tarde, ela terá o que merece!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo
Não vai haver novos capítulos?...