Amélia fez um biquinho de tristeza, com uma voz suave e melosa pedindo clemência, "tio, eu sei que errei."
Sávio permaneceu impassível, seu rosto frio como pedra.
"Só agora percebeu o erro? Tarde demais!"
Essa menina estava se tornando cada vez mais descontrolada.
Se não fosse corrigida agora, quem sabe se não acabaria dominando completamente?
"Vire-se para a parede e fique de pé."
Sávio ordenou, com uma voz gelada.
Amélia virou-se, enfrentando a parede.
Enquanto se perguntava por que seu tio queria que ela fizesse isso, sentiu uma pancada no traseiro.
Pá—
A mão de tio desceu.
Sávio ordenou: "Conte."
Amélia, envergonhada, resmungou baixinho, "Um…"
"Fale mais alto, quero ouvir."
O rostinho delicado de Amélia se contorceu, ficando vermelho como se fosse sangrar.
Ela não tem vergonha?
Já era bastante ruim ser espancada pelo tio, e agora ele até queria que ela contasse em voz alta!
E se alguém ouvisse, onde ela colocaria seu rosto?
Amélia apertou os dentes, teimosamente disse: "Não vou contar."
"Ok, não quer contar? Vou dobrar."
Sávio deu três tapas seguidos, caindo como gotas de chuva intensa.
A dor era constante no traseiro de Amélia, que estava prestes a chorar de vergonha.
Se continuasse assim, ela temia que seu traseiro ficasse marcado.
"Tio, por favor, seja mais leve, eu vou contar, tá bom?"
Sávio estava decidido a lhe dar uma lição, para que essa menina não fosse tão audaciosa na próxima vez.
"Comece, desde um."
Amélia fungou, concordando meigamente, "Tá bom."
"Pá!"
"Um…"
"Pá!"
"Dois…"
A voz madura e sexy de Sávio suavizou, "Vou passar um remédio."
Amélia piscou com seus grandes olhos marejados, obedecendo e debruçando-se novamente.
Ela suportou o impulso de fugir da vergonha, mordendo os lábios fechados.
O creme gelado aplicado na área inflamada rapidamente dissipou a sensação de queimação.
A sensação refrescante se espalhou, trazendo conforto.
O corpo tenso de Amélia lentamente relaxou.
"Pronto."
Amélia virou-se para encarar Sávio.
Embora não pudesse ver a expressão de tio, ela sentiu claramente que a respiração dele estava muito mais pesada.
Amélia, inocentemente, perguntou, "Tio, o que houve?"
A maçã de Adão de Sávio moveu-se para cima e para baixo, seus olhos profundos fixos nela como um lobo faminto mirando sua presa.
Mas, essa presa ainda não podia ser devorada.
Seu olhar desceu para a barriga levemente protuberante de Amélia.
Quando é que este pequeno ser finalmente nasceria?
Ele havia se contido por tanto tempo, e viver como um monge não era nada fácil.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo
Não vai haver novos capítulos?...