Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo romance Capítulo 261

"Venha jantar primeiro."

Dionísia Campos acumulou os presentes e, junto com o tio, sentou-se à mesa para a ceia de Natal.

À mesa, a grande família estava unida e feliz, sem intrigas ou competições.

Depois da ceia, todos se reuniram no quintal.

"Vamos soltar fogos de artifício, vamos soltar fogos de artifício."

Os sobrinhos corriam de um lado para o outro com varinhas mágicas perto da fonte.

Isaías Queiroz soltou alguns fogos de artifício, cujos sons estrondosos iluminaram o céu com uma beleza deslumbrante.

Dionísia se assustou com o barulho dos fogos.

Sávio Queiroz apareceu atrás dela sem que percebesse e cobriu-lhe as orelhas com as mãos.

Flocos de neve começaram a cair do céu, pousando nos cílios de Dionísia, que brilhavam com admiração.

"Você consegue ver os fogos?" perguntou Sávio.

Dionísia, meio que espreitando, respondeu: "Consigo ver um pouco, está meio embaçado, mas é muito brilhante."

Os fogos de artifício eram realmente belos contra o céu noturno.

"Já está ficando tarde, vocês devem passar a noite na casa antiga hoje."

Quando a Velha Sra. Queiroz falou, Dionísia e Sávio não tiveram escolha senão obedecer.

Eles eram um casal e, naturalmente, dormiriam no mesmo quarto à noite.

"Você ainda não terminou?"

Sávio bateu na porta de vidro do banheiro.

Dionísia já estava lá dentro há quase meia hora, por que ainda não tinha saído?

"Já estou saindo."

A voz tímida da garota veio de dentro.

Dionísia saiu do banheiro enrolada em um roupão, segurando a gola com uma mão, com medo de expor sua pele suave e delicada.

"Por que demorou tanto?"

"Demorei?"

Dionísia piscou seus grandes olhos úmidos, e suas bochechas ficaram coradas.

"Seque o cabelo e vá dormir, já está tarde."

"Ah."

Não estando acostumada com o secador de cabelo da casa dos Queiroz, Sávio prontamente pegou o aparelho e começou a secar o cabelo dela ele mesmo.

Logo, Sávio também se deitou.

Dionísia se encolheu no canto da cama, tentando tornar sua presença o mais discreta possível.

"Você tem tanto medo de mim assim?"

"Claro que não," Dionísia respondeu com uma voz fina e delicada.

"Por que está tão longe de mim?"

"Eu, eu estou com um pouco de calor."

O corpo do tio estava quente, como uma grande estufa.

"Venha aqui."

Com um movimento rápido do braço, Sávio puxou a pequena figura que quase caía da cama de volta para seus braços.

Seu braço firme a envolveu, impedindo-a de se mover.

Dionísia ficou com o rosto vermelho como um tomate, murmurando: "Me solte."

"Se eu não tivesse te segurado, você já teria caído para debaixo da cama. Diga-me, como vai me agradecer?"

Pelo tom sugestivo de Sávio, Dionísia sentiu seu coração pular.

Será que o tio estava insinuando que ela deveria ajudá-lo novamente?

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