Dionísia dançava com tanta entrega que, ao terminar uma música, percebeu que havia mais uma pessoa em casa.
Suas bochechas ficaram instantaneamente vermelhas, e ela mal conseguia falar direito, "Tio, você voltou."
"Você ainda dança?" Sávio olhava para ela com profundidade.
"Hum, aprendi um pouco antes."
Dionísia desligou a música e, com o rosto ainda rubro, caminhou até ele.
Recentemente, com uma nutrição adequada, seu corpo começou a se desenvolver, como um lírio que apenas mostra sua ponta, graciosa e esbelta.
Ela usava um vestido mais justo hoje que, juntamente com os movimentos da dança, delineava perfeitamente sua silhueta.
Sávio observou tudo.
Sua garganta apertou, e ele engoliu um copo de água fria para tentar apagar o fogo que surgia em seu corpo.
"Por que de repente decidiu dançar?"
Quando Sávio falou, sua voz estava rouca e sensual, fazendo o corpo de quem ouvia arrepiar.
Dionísia inchou as bochechas, "Eu te conto depois."
Ela não ousava contar diretamente ao tio sobre a seleção da rainha do baile, com medo de que ele se zangasse.
"Então vamos jantar primeiro."
Durante o jantar, Dionísia estava distraída, e o mingau de frutos do mar à sua frente permaneceu intocado por um bom tempo.
Sávio desejava poder abraçá-la e alimentá-la colherada por colherada.
"Em que está pensando?"
Dionísia se sobressaltou, "Ah? Não, nada, eu te conto depois."
Após o jantar, Sávio sentou-se no sofá para cuidar dos negócios da empresa.
Dionísia trouxe uma bandeja de frutas até ele.
"Tio, tenho algo para discutir com você."
Dionísia torcia o próprio dedo indicador, com uma expressão de nervosismo e ansiedade no rosto.
Sávio a observava calmamente.
"Fale."
"Tio, nossa escola vai realizar uma seleção para rainha do baile, e o primeiro lugar ganha vinte mil reais."
Sávio, que era muito perspicaz, imediatamente entendeu suas intenções.
Ele ainda não estava tão desesperado a ponto de deixar sua mulher se esforçar tanto para ganhar dinheiro.
Os dois estavam sentados no sofá, e Dionísia, inconscientemente, se aproximava dele, levantando a bainha do vestido, e suas pernas tocavam as dele.
Mesmo separados por uma camada de tecido da calça, o calor dela continuava a fluir para o fundo de seu coração.
O desejo nos olhos de Sávio se intensificou, e seu corpo se tensionou.
Ele então segurou as duas mãos de Dionísia e as amarrou com sua gravata.
Se ela continuasse a se aproximar assim, ele não poderia garantir o que aconteceria a seguir.
"Tio?"
As mãos de Dionísia estavam amarradas, confusas e perplexas.
Sávio já havia se levantado, olhando para ela de cima, com os olhos negros profundos e insondáveis.
Infelizmente, uma certa tola não entendia o quanto ele estava sofrendo.
"Tio, você amarrou muito apertado."
Dionísia se debateu um pouco, sem qualquer sinal de conseguir se soltar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo
Não vai haver novos capítulos?...