Lilian ficou paralisada por um instante, mas logo assentiu:
— Entendi!
Ela pensou consigo mesma: “Hoje o novo grande chefe trouxe Teresa pessoalmente. Isso é praticamente uma declaração oficial. Se Teresa não for a Sra. Davis, quem mais seria?”
Mas, se Clarice disse que não era, então não era. Lilian confiava cegamente no que Clarice dizia, sem questionar.
De repente, o som do celular interrompeu os pensamentos de ambas.
Clarice pegou o aparelho e, ao ver que o número era desconhecido, hesitou por um instante, mas atendeu.
— Alô, aqui é Clarice, da Torres Advocacia.
— Clarice, sou eu. — Uma voz fria veio do outro lado da linha. Clarice reconheceu imediatamente: era Virgínia, a mãe de Sterling. Seus lábios se apertaram, e sua voz saiu distante e formal:
— Sra. Virgínia, em que posso ajudá-la?
— Me encontre no Café Nuvem. Precisamos conversar. — Virgínia foi direta ao ponto.
— Agora estou no horário de trabalho. Posso ligar para a senhora depois do expediente e combinamos um lugar. Pode ser? — Clarice manteve a compostura, o tom impecável, sem submissão, mas também sem hostilidade.
Virgínia nunca gostou dela, e um pedido de encontro agora certamente não era com boas intenções.
— Estou indo para o café em frente à Torres Advocacia. Te espero em meia hora. — E desligou sem esperar resposta.
Clarice ficou segurando o celular, franzindo o cenho. Será que Virgínia achava que o avô de Sterling havia transferido as ações para ela e estava vindo exigir sua parte?
Enquanto pensava nisso, começou a organizar os documentos sobre sua mesa. Pegou sua bolsa e se levantou, virando-se para Lilian:
— Vou sair um pouco. Qualquer coisa, me ligue.
— Tudo bem. Se cuida.
Clarice havia acabado de sair quando Teresa entrou no escritório.
Lilian, ao vê-la, levantou-se rapidamente, mas sem entusiasmo:
— Sra. Teresa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Vício Irresistível
Por favor, cadê o restante do livro???...