Um Vício Irresistível romance Capítulo 13

Clarice virou o rosto rapidamente, desviando da mão do homem. Cerrando os dentes, respondeu, com firmeza:

— Eu sou a esposa de Sterling Davis. É melhor você pensar bem nas consequências antes de encostar em mim!

Naquele lugar deserto, sem ninguém para ajudar, tudo o que ela podia fazer era mencionar o nome de Sterling.

Sterling era conhecido em toda Londa como um verdadeiro demônio. Diziam que ele era astuto, cruel e impiedoso. Talvez o medo que ele inspirava fosse suficiente para afastar aqueles homens.

— Todo mundo em Londa sabe que o Sterling está com a Teresa. Nunca ouvi ninguém falar que ele é casado! — Disse o homem, com uma risada debochada, enquanto agarrava o queixo de Clarice com força, levantando-o. Um sorriso perverso surgiu em seu rosto. — Tá enrolando a gente por quê? Tá esperando que eu te leve pro carro no colo?

Clarice cerrou os dentes, tentando manter a calma.

— Eu não estou mentindo. Sou mesmo a esposa dele! Se vocês não acreditam, eu posso ligar para ele agora!

Por dentro, no entanto, ela estava cheia de incertezas. Sterling havia acabado de brigar com ela. Não era garantido que ele atenderia sua ligação.

Mas, naquela situação, ela não tinha escolha. Precisava tentar. Era tudo ou nada.

— Vai, liga então. A gente não tá com pressa. — Disse o homem, com um tom sarcástico, claramente achando que ela estava inventando tudo.

Ele parecia estar se divertindo com a situação, acompanhando a encenação de Clarice como se fosse um jogo.

Clarice pegou o celular, que estava molhado pelas gotas de chuva. Por um momento, hesitou, mas logo discou o número de Sterling.

O telefone chamou, mas ninguém atendeu. Os segundos pareciam se arrastar, e Clarice apertou o celular com mais força enquanto inúmeras possibilidades passavam por sua cabeça.

— Não é você que é a tal Sra. Davis? Por que o seu maridinho não atende? — O homem zombou, rindo com desdém.

— Quase que você conseguiu nos enganar! — Disse outro, rindo alto.

— Chega de papo furado. Entra logo no carro! Quanto mais rápido a gente terminar, mais rápido você pode ir embora. — Disse o homem, enquanto agarrava o braço de Clarice.

Clarice puxou o braço de volta, mas a força dele era muito maior. No processo, a manga de sua blusa rasgou, expondo sua pele alva ao frio da chuva. As gotas geladas bateram em seu braço, e o frio cortante a fez estremecer.

Os olhos do homem brilharam de desejo ao ver a pele dela.

— Uau... Que pele tão macia e branquinha. Deve ser uma delícia de tocar! — Disse ele, jogando fora o pedaço da manga rasgada e apertando o braço de Clarice com força.

Clarice soltou um grito de dor. Foi então que, de repente, o telefone finalmente foi atendido.

Do outro lado da linha, a voz de Sterling soou fria e sarcástica:

— Não adianta gritar, Clarice. Eu não vou voltar para te buscar!

Embora suas palavras fossem duras, ele já havia dado meia-volta com o carro, dirigindo de volta para o local onde a havia deixado.

Clarice sentiu uma pontada de tristeza no coração, mas ainda encontrou coragem para falar:

— Sterling, você pode voltar para me buscar?

Apenas quando terminou a frase percebeu que a ligação havia sido encerrada. O som contínuo do tom de ocupado ecoava em seus ouvidos.

A chama de esperança em seus olhos se apagou. Sterling não tinha paciência para ela. Mas, para Teresa, ele sempre era gentil e atencioso, respondendo a cada palavra e atendendo a cada pedido. Essa era a diferença entre amar e não amar.

O homem à sua frente riu com desdém:

— A Teresa é uma bailarina famosa, reconhecida internacionalmente! Ganhou prêmios no mundo todo! E você? Só tem esse rostinho bonito de vagabunda. Como tem a audácia de se chamar de Sra. Davis?

O coração de Clarice parecia ter sido perfurado. A dor era insuportável.

Ela havia sido a Sra. Davis por três anos, mas ninguém sabia disso. Todos acreditavam que Teresa era a verdadeira Sra. Davis. A ironia da situação era cruel.

— Tá chovendo e você ainda tá aí de papo com ela? Anda logo! Joga ela no carro, termina o serviço e vamos embora! — Disse um homem de cabelo penteado para trás, aproximando-se e puxando o braço de Clarice.

Clarice olhou para ele com expressão vazia, mas suas palavras vieram firmes:

Clarice, deitada no banco do carro, ouvia cada palavra claramente. Ela não tinha mais forças para lutar. Apenas um pensamento dominava sua mente: “Se eles me sujarem, eu vou garantir que cada um deles termine na cadeia.”

Depois de algum tempo de discussão, o grupo finalmente chegou a um consenso.

Um homem magro, com braços finos como varas de bambu, entrou no carro. Ele começou a tirar a própria roupa enquanto se inclinava sobre ela.

Clarice abriu os olhos, encarando-o diretamente. O olhar dela era tão intenso que o homem se sentiu desconfortável. Irritado, ele levantou a mão e deu um tapa em seu rosto.

— Cala a boca, sua vadia! Fecha esses olhos! — Ele gritou, com raiva.

O tapa fez o rosto de Clarice virar para o lado. Um filete de sangue apareceu no canto de sua boca.

O homem pressionou o corpo contra ela, e o cheiro forte de álcool invadiu suas narinas. Clarice sentiu náuseas e quase vomitou.

Ela tentou não pensar no que estava prestes a acontecer. Desejou, com todas as forças, que tivesse uma faca em mãos. Se pudesse, preferia acabar com a própria vida a perder sua dignidade.

— Que cheiro bom... Que pele macia... Tão branca... Tão gostosa... — Murmurava o homem, enquanto passava a mão pelo rosto dela e descia até o pescoço, seus olhos brilhando de desejo.

Clarice cuspiu no rosto dele, com nojo e raiva.

— Eu nunca vou te perdoar! — Gritou ela, com a voz trêmula.

O homem limpou o rosto com as costas da mão e, com os dentes cerrados, respondeu:

— Sua desgraçada! Tá tentando bancar a valentona? Quero ver se você ainda vai falar isso depois que eu te fizer minha!

Ele estendeu a mão, levantando a barra do vestido de Clarice.

O rosto dela perdeu toda a cor. Seus olhos ficaram vermelhos, e as lágrimas começaram a se formar. O nó na garganta apertava, e ela lutava para não chorar. O desespero tomou conta de seu coração.

“Se eles me tocarem, essa marca vai me assombrar pelo resto da vida...”

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