Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 966

Joana:“Professor, o senhor por aqui no hospital? Como veio parar?”

Dionísio só então desviou o olhar, que ao pousar na mulher, imediatamente se suavizou: “Eu...”

“Foi ele quem me trouxe.” Nesse momento, Willian, segurando a barriga, se adiantou, respondendo por ele.

Joana fixou o olhar nele, não pôde evitar um susto: “Prof. Willian, o que houve? Você parece pálido.”

“Ah, não sei o que comi, mas acordei hoje de manhã com uma dor de barriga terrível, e os remédios não fizeram efeito. Aí o Dionísio insistiu para me trazer ao hospital, disse que era melhor checar para ficar tranquilo.”

Joana assentiu: “É importante fazer uma boa avaliação, para evitar qualquer problema maior. Melhor descobrir e tratar logo, assim sofre menos.”

“Credo— Vocs dois combinaram o discurso? Por que falaram exatamente a mesma coisa?”

Joana arqueou uma sobrancelha, olhando para Dionísio: “É mesmo?”

Este encontrou seu olhar, firme e direto, como se houvesse uma corrente de emoções indizíveis fluindo entre eles.

“Joana, nós precisamos ir...” Nesse momento, Evandro de repente falou.

“Oh, claro.” Joana se tocou, acenando com a cabeça, “Professor, então nós vamos indo.”

Dito isso, ela e Evandro saíram lado a lado.

Dionísio permaneceu no lugar, observando os dois se afastarem, com uma emoção indecifrável em seus olhos.

“...Dionísio? Dionísio!”

Quando Dionísio voltou a olhar para ele, a frieza em seus olhos ainda não havia se dissipado, fazendo Willian estremecer.

“Você...”

“Ela disse ‘nós’.”

“Hã?” Willian ficou confuso.

Depois de alguns segundos, finalmente entendeu: “Ah, ‘nós’, qual é o problema? Melhor do que dizer ‘vocês’ ou ‘eles’, não é?”

Dionísio permaneceu impassível.

Ela e Evandro eram “nós”, e ele?

O que ele era?

Dionísio só então percebeu que ela sempre o chamava de “professor”, uma forma polida e respeitosa, apropriada mas talvez distante.

...

Joana seguiu Evandro até a pequena farmácia.

Realmente não era fácil de encontrar, localizada no térreo do prédio de internação número 2, num cantinho e sem sinalizações ou placas indicativas.

Só depois de entrar, Joana compreendeu que não era a falta de sinalizações; era uma farmácia exclusiva para pacientes VIP.

Quem precisava de placas não tinha acesso a esse lugar, e quem tinha acesso não precisava de placas.

Ao perguntar, descobriu que o nome da Velha Senhora já constava na “lista de passagem especial” deles, e que ela sempre vinha buscar medicamentos ali.

Mas como era a primeira vez que Joana acompanhava, ninguém lhe tinha informado, por isso não encontrou o local.

Os farmacêuticos ali reconheceram Evandro e o cumprimentaram com sorrisos.

“...Namorada, Evandro? O Dr. Lopes vai ficar muito feliz ao saber.”

“Por favor, não fale assim... somos apenas amigos...”

A farmacêutica lançou um olhar na direção de Joana, baixando a voz: “Amigos até que de repente não são mais, não é?”

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