Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 935

Separada por apenas uma parede, Helena Carvalho caminhava ansiosamente de um lado para o outro no quarto.

Em menos de um minuto, verificou o relógio mais de dez vezes.

Ela mordia o lábio, e o silêncio do ambiente ampliava a inquietude em seu coração.

Tentou várias vezes pegar o celular, mas sempre acabava por deixá-lo novamente sobre a mesa.

Quando finalmente chegou o momento, ela respirou fundo e rapidamente abriu a porta do quarto, dirigindo-se ao corredor.

Ajustou a expressão e, levantando a mão, bateu na porta, dizendo com uma voz tão casual quanto possível: “Professor, o senhor está aí? Estava revisando o relatório do experimento e notei que talvez haja um problema com os dados do grupo A-3, mas não estou completamente certa. Poderíamos discutir isso, se o senhor tiver um momento?”

Não houve resposta.

“Professor? Sou eu, Helena.”

Ainda assim, nenhum sinal de vida.

Ela suspeitava que algo ruim havia acontecido, talvez a situação não fosse muito promissora. “Professor?! O senhor está bem? Algum problema? Poderia, por favor, abrir a porta? Estou realmente preocupada…”

Após bater na porta por dois minutos, as mãos de Helena já estavam ficando vermelhas, mas ainda assim não havia resposta.

Ela não pôde evitar franzir a testa, talvez ele ainda não tivesse voltado?

Mas isso não fazia sentido. Ela claramente ouviu sons de porta abrindo no quarto ao lado e até mesmo checou pelo olho mágico; Dionísio Matos tinha de fato retornado ao quarto cerca de quarenta minutos atrás.

Será que...

Depois de voltar, ele saiu novamente?

Mas a essa hora...

Parecia improvável.

Contudo, se realmente houvesse alguém lá dentro, pelo que conhecia de Dionísio, mesmo que não abrisse a porta, ao menos responderia algo. Definitivamente não ficaria em silêncio como agora.

Helena, impaciente, aproximou-se do olho mágico e tentou olhar para dentro.

No entanto, estava tudo escuro, não conseguia ver nada.

Ela então encostou o ouvido na porta, mas também não ouviu qualquer som.

Continuou batendo, tentando falar: “Professor, sei que o senhor está aí. Tenho algo muito importante, poderia abrir a porta, por favor?”

O silêncio persistiu, quase sepulcral.

A expressão da mulher tornava-se cada vez mais preocupada. “Professor, agindo assim, as pessoas podem pensar que o senhor está em apuros. Só para prevenir, acho que deveria ligar para a recepção e pedir que tragam uma chave reserva para abrir a porta. Eu realmente devo ligar?”

Dizendo isso, ela tirou o celular do bolso.

Após chegar a esse ponto da conversa e ainda sem receber resposta, Helena sentiu uma premonição desagradável.

Helena rapidamente compôs a expressão: “Ah, ele não está no quarto, deve ter saído. Desculpe pelo incômodo, acabou sendo um alarme falso.”

“Tem certeza de que seu amigo está bem? Precisa que o hotel ajude a procurá-lo?”

“Não... não é necessário, ele provavelmente só saiu por um momento, logo deve voltar.”

“Está bem.” O funcionário partiu.

Mas Helena sentia cada vez mais que algo estava errado.

Dionísio sob o efeito de medicação, onde ele poderia ter ido em tão pouco tempo?

De repente, seu olhar caiu sobre o quarto em frente, e com uma ideia em mente, ela se dirigiu até lá.

Toc, toc, toc —

“Joana, você está aí?”

Rapidamente, veio a resposta de dentro: “Quem é?”

“Sou eu, Helena.”

No segundo seguinte, a porta se abriu, e Joana Neto apareceu de pijama, com o cabelo ainda molhado, como se tivesse acabado de tomar banho: “O que você quer?”

A voz dela era neutra, o comportamento distante, como sempre.

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