Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 91

Felipe observava-o com serenidade. "Eu te perguntei anteriormente, não foi você quem me incentivou a perseguir? O que agora lhe incomoda tanto?"

Ricardo lembrava-se da conversa no grupo não muito tempo atrás, e de repente, seu rosto empalideceu como papel.

Joana tremia dos pés à cabeça, quase desmoronando.

Dionísio estendeu a mão a tempo, segurando-a.

"Vou te levar daqui agora mesmo."

Felipe estreitou os olhos, bloqueando seu caminho. "Para onde você pensa que vai levar ela? Não se esqueça, aqui quem manda é a família Pinto, não é um lugar onde você pode entrar e sair quando quiser."

Ricardo também percebeu algo, olhando com olhos ferozes, a raiva tumultuada visível em seu olhar.

Dionísio levantou os olhos indiferentemente, seus olhos normalmente inofensivos e gentis tornaram-se perigosos e agudos naquele momento. "O fundador do congresso acadêmico no Hotel Novo é o Presidente Matos de Cidade N. Neste momento, a conferência está prestes a terminar, e ele participou hoje. Uma ligação minha, e ele deveria ser capaz de chegar aqui em dois minutos. Se não quiserem que os problemas de hoje sejam ouvidos pelos mais velhos da família Pinto e da família Vieira, é melhor aprender a parar enquanto está à frente."

A família Matos, na Capital, possuía uma autoridade e posição que nem a família Pinto nem a família Vieira podiam confrontar.

Além disso, Dionísio mencionou diretamente os mais velhos das duas famílias...

Felipe hesitou por alguns segundos.

Ricardo também franziu a testa, involuntariamente.

"Além disso, se não me engano, a família Matos e a família Vieira também têm uma parceria. Se este incidente causar uma mudança na relação entre as duas famílias, não é algo que você possa suportar sozinho."

Seu tom era nem leve nem pesado, mas Felipe e Ricardo claramente sentiram o aviso.

Dionísio não se importava com suas reações, falando calmamente: "Afaste-se."

Ricardo, com o rosto escuro, permanecia em silêncio, e Felipe, com os olhos levemente cerrados, só podia dar um passo para trás, permitindo que Dionísio levasse Joana com sucesso.

"Maldição!"

Chutando uma pedra aos seus pés, Ricardo estava furioso!

Vicente e Miguel, tendo assistido a tudo, trocaram olhares, sem ousar falar.

Dionísio ouviu seu soluço baixo, sentindo-se extremamente pesado no coração.

Ele pediu ao motorista para parar o carro à beira da estrada, levantou a divisória, deixando-a expressar suas emoções.

Depois de um tempo, Joana finalmente se acalmou, lembrando-se do incidente, apertou os dedos. "Aquilo antes... foi embaraçoso... eu..."

Dionísio falou seriamente: "Aquelas palavras tolas, você não deve levar a sério."

"A avaliação dos outros é sempre unilateral, carregada de preconceitos, e muitas vezes serve apenas para desabafar."

"O tipo de pessoa que você é só pode ser conhecido através da convivência. Pelo menos aos meus olhos, você é excepcional."

"Então, não se puna pelos erros dos outros, está bem?"

Sua voz era suave, e seu olhar para ela, extremamente sincero. Joana, ouvindo suas palavras, gradualmente parou de chorar.

Ela levantou a cabeça, encontrando seu olhar.

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