Tribunal do amor romance Capítulo 489

Elisa respirou fundo e disse: “Não é um sonho, eu disse aquilo.” Com isso, baixou a cabeça para evitar aquele olhar fervoroso.

Tanto Raquel quanto Sheila estavam uma pilha de nervos – sabiam que a amiga respondera daquela maneira porque teve medo de enfrentá-lo. Cauã, porém, não pensou muito sobre a situação e sorriu ainda mais, pensando que era apenas fruto da timidez. Então tentou suprimir a paixão porque não queria vê-la constrangida.

Sheila não conseguia tirar os olhos do rapaz. Mas ao perceber seu olhar fixo na amiga, inspirou e pronunciou: “Já que recuperou a consciência, não vamos perturbá-los. Coloquem a conversa em dia. Raquel e eu vamos descansar aqui perto. Também precisamos de uma pausa, depois de tantos dias cuidando de você.”

Então levantou-se e segurou a mão de Raquel com carinho, que lamentou ver a amiga forçando o sorriso, mas não teve escolha a não ser entrar na conversa com um sorriso e dizer: “Sim. Sim. Não vamos ficar de vela. Divirtam-se.”

Elisa ergueu os olhos, sentia um misto de emoções. Cauã sorriu agradecido e disse: “Tudo bem, descansem, vocês duas. Obrigado por cuidarem de mim.”

“Não precisa agradecer! Somos amigos. Pronto, pronto. Vamos embora, até logo.” Sheila fingiu um olhar impaciente e arrastou Raquel para fora, deixando os dois a sós.

A mulher baixou a cabeça e ficou calada; o rapaz olhou-a sentindo-se culpado. “Ouvi muito bem tudo o que você disse enquanto estava em coma, mas não pude te responder. Desculpa. Terei mais cuidado a partir de agora para que não se preocupe mais.”

Seu corpo, porém, se retesou. Ele a fez sentar e engolir em seco enquanto a observava com carinho. “Se não fosse por você, eu talvez não estivesse aqui. Nunca me deixou enquanto estive em coma. Quando me deu aquele prazo, fiquei com muito medo de que me abandonasse. Eu estava lutando para acordar para poder…”

Ele parou e olhou-a antes de enfatizar palavra por palavra, seu olhar era sério e compenetrado, para que não houvesse dúvidas sobre suas palavras. “Abraçar você.”

Elisa ficou paralisada, o coração batendo forte. Ela sabia que não poderia manter a fachada de indiferença por muito mais tempo.

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