Emily Harris
Mesmo que estivesse muito cansada e meu corpo desejasse um bom descanso, não conseguia desligar a minha mente de uma garotinha que estava com estranhos, o corpo do meu noivo estava encostado ao meu, me dando calor e proteção, sua respiração estava tranquila sinal que ele continuava dormindo.
Com o máximo de cuido me desvencilhei de seu abraço protetor e fui a procura de algo para vestir, não ia conseguir dormir tranquila com a Larissa por aí, escolhi um short de alfaiata e uma blusa sem muitos detalhes, estava quente hoje.
Saio do quarto sem fazer muito barulho e só então percebo que fiquei quase duas horas no quarto, pelo menos consegui descansar um pouco, vou em direção à cozinha da casa de onde já ouço várias vozes conhecidas.
Minha filha estava sentada em um banco e se divertia ajudando a esposa do dono da fazenda de uvas.
— Já levantou querida? — Dona Rosa falou a me ver entrar na cozinha enorme e com uma mesa de alumínio que dominava a maior parte da cozinha.
— Sim, não fiquei tranquila enquanto sabia que a Larissa podia estar dando trabalho. — Olho para a minha menina.
Ela estava com um avental cobrindo a sua roupa e de joelhos no banco, bastante concentrada amassando a massa que estava na sua frente, percebi estarem fazendo macarrão, já que são italianos.
— Venha nos ajudar, mal entendi o que ela disse, mas parece que você gosta de cozinhar! — Não tinha um italiano perfeito, mas algumas coisas aprendi com a minha mãe.
— Sim gosto de cozinhar, é a forma que acho para pensar e tirar um pouco do cansaço do dia a dia. — Disse para ela que foi até uma gaveta e puxou outro avental e me entregou.
Aceitei e logo coloquei em mim, Larissa se empolgou em me ver topando entrar na sua brincadeira de sovar a massa.
— Assim que vocês foram se deitar. — Ela me olhou e piscou discretamente, o que me fez ficar envergonhada. — Não se preocupe querida, ofereci almoço para ela, a sua babá estava tão cansada que quase caiu por cima do prato.
Começamos a rir, dona Rosa estava ao meu lado e me ajudava a encontrar o ponto certo da massa e continuava a puxar assunto.
— Já percebeu que aqueles dois se amam, não é? — Apenas concordei com a cabeça e vi a Larissa rindo.
— Sim, e ainda não entendi porque eles realmente não se acertam, ela gosta dele, assim como ele está disposto de enfrentar as críticas da sociedade para aproveitar o relacionamento entre eles. — Digo a ela que apenas meneia a cabeça.
— O amor é uma coisa interessante, não é mesmo? — Franzo a testa tentando entender o que ela quer dizer. — Todos nos percebemos que eles se amam, mas eles dois estão colocando empecilho no que acredito que seja devido à idade, já que ele é bem mais velho que ela. — Também já tinha percebido isso.
— Acredito que ela tenha algumas coisas sobre o seu passado que a impede para poder entrar de vez no relacionamento com ele. — Olho para minha filha que não estava prestando atenção na nossa conversa.
— Quando a contratamos ela passava por uma situação bem complicada, mas ela nunca falou realmente o que aconteceu, mas sei que foi algo bastante grave. — Falo um pouco mais baixo.
— Acho que se vocês permitirem podemos dar um UP nesse relacionamento deles. — Olho para a velinha e tento encontrar o arco e as asas de cupido.
Ela começa a rir comigo e me ensina como fazer a receita que estava fazendo com a Larissa, ficamos um bom tempo ali, percebi que ela é uma senhora bastante observadora, logo ela notou que estava gravida.
Dizendo ela, assim que chegamos, ela percebeu uma aura diferente em minha volta, ela me oferecia suco de uva enquanto tomava vinho e preparava o jantar para todos que estavam na casa.
— Tenho uma ideia para unir a sua babá. — Ela começa a rir e me conta a sua ideia.
Ainda era cedo, um pouco depois de 13 h, começamos a montar uma cesta cheia de guloseimas, frutas e vinho, chamo a Larissa e peço para que ela vá até o quarto da Camille e a chame.
— Tenho certeza de depois dessa tarde não haverá problema que vai se manterá entre esses dois. — Dona Rosa falava toda empolgada, ela já havia pedido para que um dos rapazes chamasse o Antony.
O nosso segurança aparece um tempo depois, usando um jeans e uma camisa polo, parecia um tanto confuso e achei engraçado.
— Antony hoje você está de folga, preparei uma cesta de lanches, leve a Camille para um passeio e divirtam-se. — Pego a cesta e entrego em suas mãos.
— Rapaz pegue a estrada e siga para o norte, vai encontrar um lugar lindo, acho que podem sentar um pouco e conversar. — Percebi o sorriso do nosso segurança, ele olha para a Larissa que estava com um sorvete nas mãos.
Eles continuaram conversando enquanto ajudei a Rosa a servir o jantar e arrumava o prato para a nossa filha poder jantar, aparentemente o sono dela estava se aproximando, a sentei ao lado do pai que a ajudou a comer, depois a levei para o quarto, dei um banho e coloquei ela para dormir, o que não demorou muito.
Estava curiosa para ver os dois chegando e torcendo para que tudo tivesse dado certo.
Em pouco tempo, Larissa estava dormindo, o quarto dela era conjugado com o da Camille, as portas estavam fechadas mais ia deixar aberta para quando ela voltasse perceber que ela já estava deitada, saio do quarto e tranco a porta, deixo a babá eletrônica ligada e conecto no meu celular para monitorar ela.
Volto para a cozinha e para a minha surpresa, eles estavam brindando com a chegada dos dois, Camille estava tão vermelha envergonhada que fiquei rindo com a sua atitude, me aproximei e abracei a minha babá.
— Está feliz? — Perguntei a ela.
— Sim, Emy muito obrigada por insistir em fazer tudo isso por nós dois. — Nego com a cabeça e aponto para a Rosa.
— Tudo culpa dela, acho que ela percebeu que vocês dois só precisavam de um empurrãozinho para que acontecessem. — Pego uma taça com suco e brindo na taça dela. — Te desejo felicidades.
Me afastei um pouco e me sentei ao lado do meu noivo que sorria para os dois que recebiam conselhos da doce velinha que comandava a cozinha e enviava os pratos perfeitamente elaborados para as mesas do lado de fora.
— Finalmente meu segurança e motorista vai voltar a sorrir, não aguentava mais ele suspirando e mal-humorado durante o dia. — Não aguento e começo a rir.
— Nossa babá também não aparentava estar feliz nos últimos dias. — Conto para meu noivo.
— Que tal amanhã a gente levar a Lari para ir passear pelas plantações? — Noah me pergunta, apenas concordo.
Estava feliz, olhando para todos ali, os dois senhores abraçados olhando a movimentação do lado de fora da cozinha, nossos amigos que finalmente se entenderam e nossa filha dormindo, não podia estar mais feliz que isso.
Passamos a noite toda comemorando todas as novidades.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
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