Emily Harris
Ontem já resolvemos a questão do lugar, adorei o pequeno hotel fazenda que não fazia ideia que existia, mesmo que não fosse ao centro da cidade, continuava aos arredores de Chicago, ou seja, não teríamos problemas com a distância.
Assim como ontem Noah foi para empresa e Larissa foi para a escola acompanhada de Camille, estou em casa esperando a Carla, porque hoje vamos em um lugar mais afastado para escolher flores e, para não deixar meu lindo noivo louco, um segurança irá nos levar e conduzir minha segurança.
Subo ao meu quarto e pego o que precisava para sair, como o clima está com cara que vai virar decido levar um casaco um pouco mais pesado, o seguro morreu de velho.
Quando volto para o andar inferior me surpreendo com a Carla me aguardando com uma pequena bolsa de onde estava saindo alguns tecidos, fico curiosa com o que era.
— São um portfólio de tecidos, vamos decidir as cores vai nos facilitar com a questão das flores. — Ela parecia mais animada que eu.
— Entendi, espera só um minuto que vou pegar uma coisa aqui no escritório. — Noah antes de sair havia me dito que o cartão estava no escritório, hoje é o dia de usar o cartão Black ilimitado, volto com um sorrisinho no rosto. — Vamos lá?
Vamos para a garagem e o nosso segurança já estava nos aguardando para nossa saída, envio uma mensagem para o Noah que estávamos no carro e quando terminássemos iriamos para outra loja.
Hoje o dia são para as flores e louças, tentaríamos ver os doces também, Carla me disse que a confeiteira que ela estava indicando não é a que está nas mais conhecidas, mas ela me garantiu serem maravilhosos e, na verdade, não me importo se nossos fornecedores são conhecidos na elite de Chicago.
— Emy, pensei em não usar tapete, temos um caminho espelhado, posso colocar flores-do-campo nas laterais com iluminação, o que acha? — Ela me mostra algumas fotos em seu tablet.
— Ficou lindo, gostei como as flores ficaram aqui. — Olho para cada detalhe e tento imaginar como ficaria no hotel.
— Tenho uma ideia de como fazer para que façamos essa passarela iniciando no gramado e indo até onde será o altar. — Carla abre a foto do lago e me dá uma ideia de como faria.
Nossa viagem foi tranquila, trocamos várias ideias sobre as cores que queria para a decoração, troquei umas três vezes depois que percebi que uma paleta de cores é bem maior que apenas as doze que conhecemos.
Mas fiquei entre um tom de verde que não era muito claro e amarelo-ouro, ela gostou da minha escolha, disse que não tinha errada com ela, me deu muitas dicas também, de como usar esse tom em algo no meu vestido ou algum outro detalhe, e no arranjo do noivo também poderia ter alguma dessas cores.
Chegamos em uma casinha linda, com uma fachada repleta de flores, atrás da casa havia plantações de flores, de vários tipos e cores.
— Aqui é o lugar que podemos achar as maiores variedades de flores, caso não tenha nada que pensou, pode ter certeza que eles conseguem exportar caso seja necessário. — Fiquei empolgada de entrar e conhecer aquele mundo florido.
Saímos do carro e meu segurança ficou o tempo todo por perto, foi mais discreto possível fazendo o seu serviço.
Uma senhora com a idade aproximada da tia do Noah, seus fios de cabelo brancos estavam presos com um galho de uma rosa vermelha, ela se aproximou sorrindo para mim.
— Deve ser a noiva, me chamo Rosa, vamos podem entrar. — Ela nos indica um caminho e entramos em uma sala refrigerada. — Carla me avisou que estavam vindo ao meu mundo florido.
— Muito bonito por sinal, estou encantada, parece que acabei de entrar na toca do coelho da Alice e estou em um mundo paralelo. — Olhava para as paredes repletas de samambaias, algumas orquídeas floridas e muitos vasos pelo chão.
Rosa nos mostrou o que ela tinha de melhor a sua disposição e mostrou algumas mais que ela conseguia sem dificuldades, mas fiquei tão apaixonada pela parede de samambaias com algumas flores espalhadas entre elas, me afastei da explicação e fiquei olhando para a parede.
— Algum problema Emy? — Carla me pergunta olhando para onde meu olhar estava.
— Será que tem como fazer algo parecido com isso lá, Carla? — Ela tomba a cabeça de lado e percebo que rosa se aproxima do outro lado e ficam pensando um pouco.
— Vejo que você tem um bom olho para decoração. — Começo a rir, mas apenas gostei do que vi, porque realmente está muito lindo.
— Conseguimos fazer, sim, posso usar os vasos floridos para que formar as suas iniciais… — Ela deixou a sua fala morrer e conseguia enxergar exatamente o que ela estava dizendo.
Ficamos um bom tempo para que pudéssemos definir apenas as cores, Carla fez um grande pedido de flores para que não deixasse nenhum lugar sem ter pelo menos um arranjo, principalmente no salão que fica de frente para o lago.
— Não perguntei se quer. — Ele liga o chuveiro no gelado, faço uma carinha tristonha para ele, que apena meneia a cabeça para que entre embaixo da água gelada.
Ele fica me olhando enquanto estou ali em baixo me lavando, ele me entrega a minha escova com creme dental, escovo os dentes e assim que sinto minha boca limpa devolvo para ele, decido lavar meu cabelo, e porra ainda nem duas da manhã eram.
Saio do chuveiro tremendo de frio, Noah me passa um roupão felpudo e uma tolha para secar a cabeça, me leva até a minha penteadeira, me entrega meu hidratante preferido e pega o secador para me ajudar com o meu cabelo.
— Sabe o quanto foi irresponsável Emy? — Não tive coragem de olhar e apenas confirmei com a cabeça.
— Se te falar que nem me lembrei da gravidez, que quando percebi já havíamos bebido uma garrafa inteira e estávamos na segunda, vai ficar muito irritado?. — Ouço ele apenas bufar irritado.
— Não estou irritado, porque bebeu meu amor. — Ele desliga o secador e se abaixa para me olhar. — Estou puto, porque você fez isso na rua, poderia acontecer algo com você e como ficaria? Consegue entender? Estava apenas com um segurança. — Ele ergue meu rosto e deixo uma lagrima escapar.
— Mas estou irritada em como pude esquecer que estou grávida Noah, e na hora da empolgação eu bebi. — Tiro meu rosto da sua mão tentando controlar a minha respiração, estava envergonhada. — Estou envergonhada, Noah, agi como uma adolescente que faz as coisas sem medir as consequências.
— Agora, já aconteceu, não adianta se punir, vou secar o seu cabelo e voltamos para a cama. — Nego com a cabeça.
— Vou comer algo, estou sentindo fome. — Ele sorri e beija a minha testa que
Com meu cabelo seco, Noah me acompanha até a cozinha onde faço dois lanches, ele põe um suco de laranja para a gente, mas coloco água para ferver, preciso de um chá.
Converso com ele e digo que organizamos praticamente tudo, e que amanhã é meu dia com a Emy para escolher vestidos, mas acho que vou cancelar porque o casamento continua longe e provavelmente meu corpo vai mudar muito nos próximos dois meses, vou estar grávida de quase cinco, será impossível esconder a minha barriga.
Depois que estava de barriga cheia, voltamos para o quarto, ainda era cedo e sentia o sono se aproximando, me permito voltar ao mundo dos sonhos, quero entrar novamente na toca do coelho, navego em sonhos estranhos e sem nexo que começam em minha mente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
Muito bom,posta mais...
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