Emily Harris
Ver o Noah se acertando com a prima, fez com o meu coração se alegar com a situação, e quem diria que a Marta Walker teria arquitetado uma forma de que o pai dele deixasse a irmã na miséria.
Fico imaginando como uma mulher daquela criou um homem tão maravilhoso como o meu noivo, as empresas Walker têm vários projetos que trabalham com filantropia, não consigo ver ele tomando bens de alguém por ganância.
Muito pelo contrário, tiro pela família da Itália que ele se importou em manter os negócios da família para que a tradição não se acabasse, ele pode ter pensado no início que seria para aumentar seus lucros, mas depois que começamos a conhecer a família ele mudou de ideia.
Iniciamos de verdade agora a nossa consulta, mostrei para a Clara como ficou onde ela havia colocado o implante, ela ficou satisfeita com a cicatrização.
— Bom, com o novo teste positivo, vou anotar tudo necessário para acompanhar a sua evolução. — Noah sorri para ela, vejo ele se ajeitando na cadeira.
— Clara, vi ela sofrendo o último mês com vários sinais da gravidez, mas não é um sinal que ela vai ter um início complicado, não é? — Ela me olha com cuidado e anota o que o Noah disse.
— Está tendo enjoos, náuseas, vertigem, algo mais? — Ela me pergunta e apenas confirmo com a cabeça. — Bom, então vou prescrever alguns medicamentos para usar assim que o sentir algo, não precisa ser diário.
— Bom, já anotei tudo o que precisava, agora quero dar uma olhada no seu bebê, vamos lá? — Ela se levanta e nos indica a sala ao lado que faz parte do seu consultório.
Tudo de primeira qualidade, ela indica para o Noah onde deve ficar, entrego a minha bolsa para ele que se senta e fica com uma carinha de perdido, Clara me entrega um avental para vestir o que é sinal que o ultrassom vai ser interna.
Quero só vê a reação do todo possessivo quando perceber ela colocando o preservativo no sensor, tenho certeza que ele falará algo, troco a roupa no pequeno banheiro muito bem decorado e volto para o consultório que estava com uma luz baixa, o que me ajudou a não sentir tanta vergonha.
— Muito bem, pode se deitar com a cabeça daquele lado, vai poder acompanhar tudo pela tela aí na parede. — Ela programa a máquina e pega o sensor enorme enquanto me acomodo na maca com os pés no apoio.
— Querido, Noah, melhor olhar para a tela ou vai surtar se ficar pensando sobre isso. — Digo a ele contendo uma risada.
Vejo quando ela põe o preservativo e um gel na ponta do aparelho, ela já havia calçado luvas e inicia o procedimento, consigo ouvir a pulsação do meu coração na cabeça de tão forte que estava.
— Vai sentir um pouco de desconforto e gelado, se ficar muito difícil é só levantar um pouco o quadril. — Apenas sorrio para ela.
Olho para tela e um borrão escuro começa a ganhar forma na tela, conseguia observar o saquinho embrionário o nosso bebê, foi o suficiente para que meus hormônios traidores me deixassem com o rosto lavado em lagrimas.
— Olha lá, papais, o bebezinho de vocês. — Clara aponta na tela o pequeno embrião.
— Está tudo certinho, Clara? — Noah pergunta, apertando a minha mão.
— Até o momento terão um bebê perfeito, não vejo nenhuma alteração aqui, só não sei se a beleza da mãe. — Começo a rir, prefiro mil vezes a beleza do Noah que a minha.
— Ainda é cedo para saber o sexo, não é? — Pergunto com esperança, sinto ela mexendo o sensor e sorrindo.
— Emily, não gosto de brincar com a possibilidade, tenho uma leve suspeita, mas vamos conversar sobre isso mês que vem. — Ela nos diz sorrindo. — Vamos ouvir o som do coração do bebê? — Noah sorri e confirma para ela assim como eu.
O som do coração fica alto e me emociono com o tum tum acelerado, acho incomum por ter dois sons.
— Tem dois batimentos, é normal? — Pergunto olhando para a Clara que começa a rir.
— É, sim, o som que está escutando é a o cordão umbilical pulsando, aqui está tudo normal, uma boa corrente sanguínea, não precisa se preocupar, o bebê de vocês está ótimo — Ela retira o sensor de mim e finaliza o exame.
— Pode ir se trocar Emily. — Noah sorri para mim e ajuda a me levantar.
Vou ao banheiro trocar a roupa, meus sentimentos estão em ebulição, um serzinho está crescendo dentro de mim, uma vida, uma metade minha e outra do Noah, depois que fecho o zíper da minha saia, coloco minha mão sobre meu bebê e sorrio para a minha atitude.
— Te amo a cada dia mais ainda. — Pego tudo o que havia deixado pela mesa da Clara e me aproximo dela para abraçar.
— Espero você e sua família para um café, mas tarde na empresa, leve os documentos que o Noah pediu, nos vemos depois. — Digo para ela e olho para o Antony — Traga o carro novamente para a frente do consultório, sairemos pela frente, não fizemos nada de errado.
Ele confirma e o vemos saindo pela porta um pouco mais rápido, Noah me olha e acho que se questiona com a minha mudança repentina de humor.
— Talvez seja os hormônios da gravides, mas percebi que não podemos ficar fugindo de quem vou me tornar quando nos casarmos. — Ele se aproxima e beija meus lábios e sinto o seu desejo, sorrio para ele com amor.
— Vou me casar com ela Clara. — Ela começa a rir.
— Claro que vai, porque a ama e isso qualquer um pode ver, vou ligar para meus pais e pedir para que eles organizem tudo para que possamos nos encontrar mais tarde com vocês. — Sorrio para ela, Noah pega o celular.
— Temos que ir, Antony no aguarda, até mais tarde Clara. — Nos despedimos e saímos em direção à multidão de repórteres que estavam do lado de fora.
Quando saímos do consultório, seguro na mão no Noah, empino o queixo e olho com um olhar de reprovação para todos os que tentavam me tocar.
— O primeiro que me tocar, ainda hoje entro com uma ação criminalista por invasão de privacidade, recomendo que saiam da calçada agora. — Digo tentando controlar a minha voz.
Eles abrem espaço e, começam a se afastar, nos deixando andar livremente.
— A partir de hoje será assim, não me importo que nos fotografem, liguem para nossos assistentes que eles irão liberar alguma nota a vocês, mas não quero ninguém no nosso pé, principalmente da nossa filha. — Vamos em direção ao carro sem responder as diversas perguntas que eles faziam.
Olho para o Noah que estava tão surpreso como eu estava, nunca fui de ameaçar assim, quem dirá enfrentar, ele segura a minha mão e beija meus dedos.
Seguimos em direção para o império do meu noivo, felizes por ver nosso pequeno bebê.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
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