— E você acha o quê? — Manuel ajustou os óculos de armação dourada, seu olhar afiado perfurando Rodrigo. Ele sorriu friamente, um sorriso que não chegava aos olhos, e disse. — A morte do meu pai não é algo que se possa esquecer assim. Eu deixei vocês viverem em paz por tantos anos, já foi muita consideração da minha parte.
Rodrigo, sentindo um calafrio subir pela espinha, perguntou nervoso:
— Então me diga, o que preciso fazer para você deixar Natacha em paz? Tanto ela quanto Rosana são inocentes. Eu e Diego somos os culpados, nos deixe pagar por nossos crimes. Por que envolver duas jovens?
— Sr. Rodrigo, você está brincando? Um homem que matou e não teve coragem de admitir agora vem me falar de moral? Elas são inocentes, mas e eu? Perdi meu pai aos dez anos, isso é justo? — Os olhos de Manuel ficaram sombrios, e ele disse friamente, com a voz cheia de desprezo. Ele continuou, com uma voz gélida e amarga. — Você sabe o que precisa fazer. Mas se lembre, Rodrigo, a dívida de sangue nunca terá fim.
Rodrigo engoliu em seco, o terror tomando conta de seu rosto. Ele sabia que Manuel estava determinado a se vingar de todas as maneiras possíveis. Sua mente girava, procurando desesperadamente uma saída, mas ele sabia que não haveria clemência.
...
Na casa da família Gonçalves.
Quando Rodrigo voltou, Natacha correu para ele, o coração apertado de preocupação.
— Pai, onde você estava? — Natacha perguntou preocupada, vendo o rosto chateado do pai. — A vovó disse que você saiu cedo. Você está se sentindo mal? Foi ao hospital?
Rodrigo desviou o olhar, tentando esconder a angústia.
— Não, estou bem. — Ele caminhou cabisbaixo até o sofá. — Não precisa se preocupar comigo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...