Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 377

Natacha lutava desesperadamente para conter as lágrimas que ameaçavam escorrer por seu rosto. Seus olhos, agora marejados, refletiam a angústia profunda que a consumia. Com a voz trêmula e entrecortada, ela finalmente desabafou:

- Então, vovô, a culpa é minha. Para proteger meu pai das garras de Rafaela, eu me divorciei de Joaquim. Naquele momento, Joaquim estava ao meu lado, mas fui egoísta, e isso nos trouxe a esta situação caótica de hoje.

Paulo, já furioso, ouviu suas palavras com uma mistura de raiva e incredulidade. Seus olhos se estreitaram, faiscando de indignação.

- O que você está dizendo? Seu pai atropelou Rafaela, e ela usou isso para forçar você a se divorciar? Isso é claramente um golpe ardiloso, uma armadilha bem planejada daquela mulher. Como você e Joaquim não perceberam?

Natacha balançou a cabeça tristemente, os cabelos caindo em cascata sobre seu rosto.

- Naquela hora, eu não queria acreditar que alguém pudesse ser tão cruel a ponto de colocar em risco a vida de seu próprio filho. Mas depois, eu entendi. Meu pai jurou que não mandou o motorista atropelar Rafaela, que foi tudo uma armação! E eu acreditei nele.

Paulo agora via claramente que estavam diante de uma conspiração calculada.

- Você contou isso a Joaquim? O que ele disse? - Perguntou ele, buscando mais respostas enquanto seus punhos cerravam de raiva contida.

Natacha limpou as lágrimas que escorriam e murmurou:

- Quando descobri a verdade, já estávamos divorciados. Não adiantava mais contar. Além disso, não tínhamos provas. Quem acreditaria apenas na palavra do meu pai?

- Eu acredito! - Afirmou Paulo com convicção, batendo o punho na mesa. - Isso parece exatamente o tipo de coisa que aquela mulher faria. Desde o início, eu desconfiava das intenções dela. Fui contra o casamento de Joaquim com ela, mas nunca imaginei que ela o enganaria dessa maneira!

Natacha, com o coração pesado, tentou consolar o avô.

- Mas agora ela está grávida do filho do Joaquim. O senhor sempre quis um bisneto, não quis?

- Besteira! - Paulo explodiu, a voz ecoando pelas paredes. - Eu queria um bisneto seu e de Joaquim, não dela! Uma mulher tão cruel não merece fazer parte da família Camargo. Vá! Chame Joaquim aqui.

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