"Presidente Fonseca, o senhor se arrependeria depois de se divorciar da sua esposa?"
"Não." - Ele respondeu prontamente e com firmeza.
Ela respirou fundo, abaixando um pouco a voz.
"E se eu fosse sua esposa, você se arrependeria nem que fosse um pouco?"
Márcio estreitou os olhos friamente, lançando-lhe um olhar profundo e enigmático.
"Sim."
Ele fez uma pausa proposital de dois segundos antes de continuar: "Me arrependeria de ter casado com você."
O coração de Denise foi como numa montanha-russa, subindo às alturas num momento e no seguinte caindo num abismo profundo, quebrando-se em pedaços.
A forte sensação de queda livre a deixou um pouco tonta.
Sabendo que a resposta seria essa, por que ainda se humilhava assim? O que ela realmente esperava?
Ela ainda tinha esperança de que ele pudesse desenvolver algum sentimento por ela?
Márcio esboçou um sorriso frio e sarcástico.
"Você realmente é sonhadora."
Seu coração afundou no fundo do mar gelado, congelando-se em um bloco de sangue.
Forçando um sorriso exagerado e falso, ela disse.
"Eu estava só brincando, por favor, não leve a sério. Você disse que nem se fosse a última mulher na Terra, não se interessaria por mim. Eu sempre me lembro disso, e não ousaria esquecer."
A linha da mandíbula dele se tensionou levemente: "Bom que se lembra, peixe morto só vira peixe salgado, não tem volta."
Ela deu de ombros, peixe salgado era bom, saboroso e acompanha bem o arroz, muito melhor que um travesseiro bordado que era bonito, mas inútil.
"Ser sua esposa seria só solidão e frio, eu não quero isso. Nem nesta vida, nem na próxima, jamais serei sua esposa. Pode ficar tranquilo."
O olhar de Márcio tornou-se frio e penetrante.
"De quem você quer ser esposa? De Gilberto?"
E ela, não era nada, insignificante, uma verdadeira invisível.
Quando ele saiu, o grande salão ficou vazio, como se tivesse perdido toda a vida, restando apenas o frio.
Denise perdeu o apetite, decidiu levar a comida para casa e compartilhar com Adriana.
Quando chegou ao apartamento, encontrou Helena abraçando Vani, alimentando-a.
Seus olhos estavam vermelhos, como se tivesse chorado.
"Helena, o que aconteceu? Você brigou com o Sr. Lopes?"
Adriana acenou discretamente com a cabeça, já havia tentado consolá-la por um bom tempo.
Helena fungou: "Denise, você acertou. Ele chegou hoje e já começou a exigir que eu pedisse investimento ao meu pai. Eu não concordei, e ele disse que eu não o amo e não confio nele, ele ficou bravo comigo."
Denise pensou por um momento e falou baixinho: "Quando fizerem a festa de Vani, sua família vai vir para Nova Esperança? Diga a ele para pedir pessoalmente quando eles chegarem."
Era um plano para ganhar tempo, evitando que Antonio viesse todos os dias para discutir com ela.
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