'O que você não quer também inclui eu, certo?'
Anderson não fez essa pergunta, não ousou perguntar.
Porque ele não queria ouvir aquela resposta.
"Sim!" - Dora respondeu sem hesitar.
Embora fosse uma palavra tão simples, naquele momento, era como uma flecha afiada, acertando seu coração com precisão mortal, pregando-o na parede.
'Você realmente não me quer.'
Os olhos de Dora estavam vermelhos e cheios de lágrimas, mas ela ainda tentava conter o nariz ácido.
Ela respirou fundo, seus olhos vermelhos e cheios de lágrimas fixados nele: "Anderson, na verdade, eu desprezo você. Nossas questões são entre nós dois, e não têm nada a ver com a Sra. Morais. Mas você, pretendendo passar o resto da sua vida com a Sra. Morais, não consegue ser totalmente leal a ela."
Não se sabia qual palavra exatamente feriu Anderson, mas se viu o homem com as pupilas dilatadas, emanando uma aura de raiva e frieza.
"Você está pensando em me bater?" - Dora perguntou, olhando nos olhos dele, desafiadoramente.
"..."
"Se você realmente me odeia, poderia não me bater? Apenas me mate." - Sua voz era tão suave, suave a ponto de apenas Anderson poder ouvir.
"Se você me matar, nossa dívida estará saldada. Você não me deve nada, e eu também não devo a você."
Tudo pago, sem dívidas, melhor não nos encontrarem na próxima vida.
Ela fechou os olhos, lentamente levantou a cabeça, expondo seu pescoço delicado.
Anderson não falou, apenas a observou com um olhar que aceitava a morte.
Acontecia que ela preferia morrer a ter mais alguma coisa a ver com ele.
Suas mãos penduradas ao lado do corpo se fecharam em punhos, as veias se destacando em suas mãos.
Naquele momento, Anderson realmente quis estrangulá-la e depois acabar com sua própria vida.
Isso resolveria tudo!
Mas... ao ver aquele rosto, o rosto que ele tanto amava quanto odiava!
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Deixando o local furioso, Anderson desceu pelo elevador, saindo do prédio.
Ele estava cheio de raiva e melancolia, caminhando com passos largos.
Um trovão fez com que ele parasse imediatamente, Anderson olhou para o céu noturno.
A temperatura da noite havia caído bastante, um vento frio soprava em seu rosto, trazendo umidade.
Parecia... que ia chover.
No segundo seguinte, como se para confirmar a suspeita de Anderson, outro som enorme de trovão soou, desta vez acompanhado por um relâmpago.
O trovão e o relâmpago prenunciavam a chuva.
Logo depois, gotas grandes de chuva caíram diretamente sobre Anderson, encharcando-o quase instantaneamente.
O verão era uma estação de muitas chuvas, um momento podia estar ensolarado, e no seguinte, uma chuva torrencial podia desabar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sepultando Nosso Amor com Minha Morte
Acho que não e o fim Do jeito que e tenho para mim que Dora está viva ainda...
Acabou no 318 um fim sem sentido...
Estou a adorar , não páre pf...
Não tem continuação?...