Sabendo que seria a última vez, Silas falou mais do que de costume.
Dora ouviu tudo pacientemente e respondeu com uma palavra.
"Ok."
Observando a calma de Dora, Silas ainda tinha muitas palavras presas na garganta, mas quando tentou falar, não conseguiu dizer mais nada.
No fim, engoliu tudo o que queria dizer e mostrou a Dora um grande sorriso: "Tudo bem, não tenho mais nada para dizer, cuidado na estrada."
"Hum."
Dora entrou no carro, e Silas fechou a porta para ela.
À medida que o carro se afastava, Silas fixou seu olhar na sombra que se distanciava, observando o carro ficar cada vez mais distante, virando uma esquina à frente, e então... desaparecendo de vista.
"Senhor, me dá uma porção de mingau." - A voz de um transeunte chegou aos seus ouvidos, e uma loja de mingau estava por perto.
"Quer uma porção grande ou pequena?"
"Pequena, eu não consigo terminar a grande."
"Ok!"
O dono da loja abriu a tampa, e o mingau dentro estava fumegante.
Com uma mão segurando uma tigela de plástico e a outra uma colher grande, ele serviu uma porção de mingau rapidamente.
O cliente, olhando para os vários recipientes de mingau sobre a banca, não pôde deixar de dizer: "Por que só tem esses mesmos tipos de sempre? Aquele mingau de queijo que vocês faziam era muito bom, meu filho adorava, mas agora toda vez que vimos não tem."
O dono cobriu os recipientes novamente, pegou uma tampa de tigela de plástico do lado, e enquanto a colocava, suspirou e explicou.
"Não tem jeito, agora é verão, está quente, pouca gente come mingau, todo mundo prefere comer algo refrescante, se fizermos muito e não vender, vai tudo estragar, então só fazemos os três ou quatro tipos que vendem mais, o resto não fazemos."
Às vezes, as palavras são muito importantes, falar demais ou de menos pode afetar grandemente o resultado.
Dora ouviu atentamente.
O carro da família Rocha também chegou, e Célio saiu do assento do passageiro, abrindo a porta de trás para ajudar Aline a sair.
Nesses cinco anos, Aline sofreu muito, já não possuía mais a elegância e dignidade de antes, seu rosto estava abatido, e ela até tinha cabelos brancos.
Dora ficou surpresa e de repente se lembrou da elegância e dignidade da Giovanna.
Anderson e o pai de Célio, Gustavo, desceram do outro lado do carro.
Com o passar dos anos, ele também envelheceu muito, agora só restava um vislumbre de sua antiga beleza jovial.
O incidente com Mirela não só arruinou Mirela, como também Dora e Anderson.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sepultando Nosso Amor com Minha Morte
Acho que não e o fim Do jeito que e tenho para mim que Dora está viva ainda...
Acabou no 318 um fim sem sentido...
Estou a adorar , não páre pf...
Não tem continuação?...