"Sim" - Dora admitiu abertamente.
Já que ela tinha que recusar Silas, a única forma de fazê-lo desistir seria Anderson.
Então, Dora acabou trazendo Anderson à tona: "Na verdade, eu nunca te disse, mas depois daquele dia que voltamos do hospital, Anderson e eu brigamos, e ainda estamos num período de gelo."
"Você sabe, eu não quero te machucar, nem vou deixar Anderson. Eu pensei muito nesses dias e acabei concluindo que manter distância é o melhor para você, para Anderson e para mim."
Se ela sabia que não poderia dar o que ele queria, então não deveria aceitar sua bondade, certo?
"..." - A expressão de Silas ficou pálida, ele parecia prestes a desabar.
Mas, no final, ele disse aquela palavra.
"Certo."
Ele a conheceu por cinco anos, gostou dela por cinco anos, protegeu-a por cinco anos, ele satisfaria todos os seus pedidos.
Tudo que ela pedisse, como ele poderia recusar?
"Desde que você esteja feliz..." - Sua voz era suave, quase um sussurro, cheia de indulgência e concessão.
Mesmo que isso significasse se afastar dela, se era o que ela queria, ele a satisfaria.
"..." - A resposta e a expressão de Silas atingiram Dora com um golpe forte, fazendo-a tremer.
"Eu posso te abraçar mais uma vez?" - ele a olhou fixamente, fazendo sua última solicitação.
Dora observou o braço direito machucado dele: "Seu braço ainda não está bom."
"Não importa, eu só quero te abraçar mais uma vez." - Silas a olhava seriamente, seus olhos ainda carregavam uma teimosia.
"Como se fosse a última vez, pode ser?" - até seu tom carregava um pedido.
"..." - Dora olhou nos olhos dele, e depois de quase um minuto de olhares cruzados, ela finalmente cedeu e se lançou nos braços de Silas.
Ela não era uma pessoa sem coração ou ingratidão, ela via a proteção e o esforço de Silas ao longo dos anos.
Se a presença dele afetasse a vida dela, então ele se afastaria.
Não importava, ter esse abraço já era suficiente para ele lembrar-se com felicidade pelo resto da vida.
Eles se abraçaram por cinco minutos completos, Silas satisfeito, relutantemente a soltou.
Seus olhos ainda eram tão bonitos, seu olhar ainda tão terno.
"Já está tarde, é melhor você pegar um táxi para casa" - ele disse.
"Hmm" - Dora concordou.
Ela chamou um táxi pelo celular, e enquanto eles esperavam, ficaram lado a lado em silêncio, sentindo que mesmo essa breve calma era uma felicidade.
O táxi chegou em menos de um minuto, e depois de confirmar o número da placa, Silas abriu a porta traseira para Dora, cuidadosamente a aconselhando como de costume.
"Cuide-se, beba água todos os dias, não se esforce demais no trabalho, dê a si mesma tempo suficiente de descanso. Sua saúde nunca foi muito boa, tente correr todos os dias, se não puder, pelo menos pule corda em casa, não fique o dia todo sentada na mesa do escritório trabalhando no computador, tá bom?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sepultando Nosso Amor com Minha Morte
Acho que não e o fim Do jeito que e tenho para mim que Dora está viva ainda...
Acabou no 318 um fim sem sentido...
Estou a adorar , não páre pf...
Não tem continuação?...