Adriana desligou o telefone, achando a voz de Jaques um pouco estranha, como se estivesse de bom humor.
O ambiente ao redor também parecia bem animado.
Como já era tarde, Adriana não pediu nada, só pediu que ele voltasse com cuidado.
Depois, voltou para o trabalho.
Mais cedo, Selena tinha apresentado para ela um cliente novo, pedindo que criasse, em pouco tempo, uma joia que combinasse com o vestido de noivado.
Adriana analisava o croqui do vestido de noivado.
A foto enviada mostrava só a frente, então ela precisou pesquisar na internet para ver o modelo completo, de frente e de costas.
Estava tão concentrada que nem percebeu quando um par de mãos envolveu seus ombros por trás.
Antes que pudesse se virar, uma tigela de canjica doce apareceu diante dela.
Ao notar a marca na embalagem, ela se surpreendeu: “Você foi até lá longe pra buscar isso?”
“Resolvi umas coisas e aproveitei pra pegar. Come enquanto está quente.”
Jaques tirou o notebook do colo dela e colocou a sobremesa em suas mãos.
“Obrigada.”
Adriana pegou a colher e provou um pouco.
Realmente, a canjica doce da Rivazul era a mais tradicional; em Cidade Baía até existia, mas lá costumavam exagerar nos sabores.
Adriana já tinha tentado fazer em casa, mas o gosto nunca ficava igual.
Durante a gravidez, ela sentia uma vontade enorme de comer aquilo.
Chegou a pegar dois ônibus só pra ir até Cidade Baía, onde diziam que era a melhor canjica doce.
Mas, logo na primeira colherada, foi tomada por uma tristeza inexplicável e ficou chorando sozinha na lanchonete.
Jaques percebeu que ela mexia a colher na tigela sem comer e sentou-se ao lado dela.
“Não gostou?”
“Não é isso, lembrei de umas coisas antigas. Na verdade, o chef da Família Torres também fazia uma canjica deliciosa. Nem sei onde compravam aqueles ingredientes, depois nunca mais consegui achar.”
Adriana suspirou, abaixando a cabeça para continuar comendo.
Jaques pegou uma xícara do chá de flores que Adriana tinha acabado de preparar e comentou, de leve: “Foi uma receita que mandei alguém adaptar, só pra Família Torres.”
Adriana olhou para Jaques, espantada, demorando a assimilar.
Jaques tomou um gole de chá: “Na Família Torres, não era costume servir canjica doce nos jantares. Só passou a ter depois que sua mãe começou a pedir. Você era quem mais comia, mas ela ficava constrangida de pedir pra cozinha toda vez.”
“Mas depois, sempre tinha nas festas...”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Olá quando vai ter atualização...
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...