Luciana mordeu os lábios, tremendo enquanto retirava o casaco de Jaques e, em seguida, se ergueu.
Eunice lançou-lhe um olhar e riu com desprezo: "Com esse corpo? Ninguém vai querer ver. Vaza."
Luciana saiu do pronto-socorro, cobrindo o peito com os braços, seu rosto pálido denunciando a vergonha.
Os olhares ao redor se voltaram para ela.
No entanto, Luciana não correu, mas, ao contrário, parecia encolher-se, choramingando como se fosse desabar a qualquer momento.
Uma enfermeira gentil a segurou: "O que aconteceu com você?"
"Eu... eu caí na água. Como vou embora assim?"
Luciana se encolheu.
A enfermeira rapidamente a envolveu: "Vou pegar um casaco para você, não chore."
"Obrigada, obrigada, obrigada..." - Luciana soluçou, chorando copiosamente.
Vendo a mulher em tal estado de miséria, a enfermeira não pôde evitar sentir pena.
Luciana sempre soubera que sua desgraça era sua maior vantagem, e sabia como usá-la.
Minutos depois, ela deixou o pronto-socorro, já usando o casaco de outra pessoa, mais calma, mas com o olhar ainda distante.
Ela se virou, lançou um último olhar para a porta e tocou no rosto dolorido.
Adriana, Eunice... o que é que vocês têm de tão especial?
Me aguardem. Eu certamente vou superá-las!
...
Jaques subiu as escadas e entrou no quarto de Adriana.
O que encontrou foi uma cama de hospital arrumada como se fosse nova, com o cheiro de desinfetante ainda impregnando o ar.
A faxineira, que acabara de limpar o banheiro, saiu. Ao ver o homem de aparência rica à sua frente, ela se mostrou mais cautelosa.
"Você é...?"
"Onde está a paciente deste quarto?"
"Recebeu alta." - A faxineira respondeu, e ao lembrar de algo, rapidamente largou o saco de lixo: "Ah, sim, ela deixou um relatório médico na mesa de cabeceira. Disse que, se alguém perguntasse, era para entregar."
Jaques se aproximou, pegou o relatório e franziu a testa ao examiná-lo.
A faxineira, limpando a maçaneta da porta, acrescentou:
"Essa moça estava bem dos olhos. Não sei como se machucou, mas o tornozelo estava inchado e o braço cheio de cortes causados pelos galhos. O médico queria que ela ficasse para observação, mas ela insistiu em ir embora."
"Não."
"Então como você sabe?"
"Eu acho que já vi antes." - A mente de Jaques piscou com uma lembrança vaga, algo que ele não conseguia bem entender.
O amigo sorriu e deu-lhe um tapinha no peito: "Alguns são descaradamente libertinos, mas você... é discretamente assim, quantas mulheres já...?"
Jaques levantou os olhos friamente, intimidando o amigo a se calar.
"Mantenha a boca fechada, Dr. Nono Ferreira."
"Ah! Não me chame assim! Meu nome é Antônio Ferreira! Não é Nono!"
Sua mãe queria uma filha e já tinha até escolhido o nome: Nono.
Quando ele nasceu, um menino, nem se deram ao trabalho de escolher outro nome. Simplesmente o chamaram de Antônio, com o apelido de Nono.
Era algo que o incomodava.
E para piorar, havia uma menina na universidade que tinha o mesmo nome! Ela também era chamada de Nono!
"Jaques, espera aí! Onde você vai?"
Jaques apagou o cigarro no cinzeiro, com um olhar significativo: "O gato fugiu. Vou pegar o gato."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...