Adriana estava com os cabelos longos e desordenados, caindo sobre a testa e as costas, com gotas de água escorrendo pelo rosto pálido, que transmitia uma sensação de fragilidade. Seus lábios, ainda úmidos, lembravam cerejas recém-lavadas.
As gotas de água deslizavam pela pele, umedecendo seu uniforme hospitalar.
O conjunto de listras azuis e brancas colava-se ao corpo dela, delineando sua silhueta.
Em pontos que ela não conseguia ver, seu colarinho elegante se destacava, assim como as curvas do corpo que a lingerie de tom pele claro realçava.
Adriana não tinha ideia do que estava acontecendo, apenas percebia que a respiração do homem à sua frente se tornava mais pesada.
Ela recuava, e ele avançava.
Até que não havia mais para onde recuar.
Ele estava naquele lugar, à sua frente, com um olhar dominador e inescrupuloso, como um predador observando sua presa.
Ele levantou a mão, fazendo Adriana prender a respiração e segurar firmemente o anel em seus dedos.
De repente, uma toalha seca foi colocada sobre sua cabeça.
"Estou indo." - Sua voz soou rouca e desafinada.
"Tio, seu anel."
Adriana estendeu o anel.
Jaques segurou sua mão e, com um movimento firme, colocou o anel no seu polegar.
Adriana não compreendeu o gesto, apenas sentiu uma leve brisa passar, seguida pelo som da porta se fechando.
Ela não pensou muito sobre isso, entrou no chuveiro e, ao se despir, percebeu o quão vulnerável estava.
Seu coração se encheu de vergonha.
...
Após o banho, Adriana saiu do banheiro ainda secando os cabelos.
Com os cabelos ainda úmidos, só pôde sentar-se à beira da cama.
De repente, uma presença se fez sentir à sua frente, e ela hesitou.
"Tio?"
"Não me chame de Tio." - Jaques estava visivelmente impaciente.
Antes que Adriana pudesse dizer algo, o som de um secador de cabelo preencheu o quarto.
Minutos depois, o secador foi desligado e grandes mãos passaram por seus cabelos, segurando sua cabeça.
"Sim! Para mim, você e meu Lucas são a mesma coisa."
Adriana não suportou mais a pressão e, instintivamente, levantou a mão em sinal de resistência.
Sem saber se a ausência de visão lhe dava coragem, ela puxou os braços de Jaques para baixo com facilidade.
"Mesma coisa? Repita."
Adriana engoliu em seco, sem conseguir dizer uma palavra. Virou a cabeça teimosamente, como se isso a ajudasse a escapar da pressão.
Jaques ordenou: "Deite-se."
Adriana soltou um resmungo gelado e virou-se, de costas, para se deitar.
"Tio, se é por causa da Eunice que está fazendo isso comigo, não precisa. Eu não aguento mais, vocês dois já fizeram o suficiente. Não vai fazer diferença agora."
Jaques ficou ao lado da cama, olhando para ela com indiferença: "Você tem provas do que fizemos?"
Por fim, ele acrescentou, sem emoção: "Não quero ouvir isso novamente."
Adriana sentiu um arrepio.
Então ele já sabia que ela não conseguiria provar nada contra ele, permitindo-se assim manipular Eunice contra ela sem remorsos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...